Celebridade da nova direita
Renato Dias
Arquiteto do mantra de que a fraude nas cédulas teria sido a responsável pela derrota eleitoral do republicano Donald Trump em 2020, Steve Bannon já desembarcou na campanha do bilionário às eleições de 2 de novembro, nos Estados Unidos [EUA].
De cabelos desgrenhados e ar blasé, o guru é o queridinho da extrema-direita global. Com direito à status de celebridade e um livre trânsito, hoje, com Georgia Meloni [Itália], Viktor Orban [Hungria], Javier Milei [Argentina] e Eduardo Bolsonaro [Brasil].
Inteligência Artificial, Fake News, pautas de costumes regressivas, América para os Americanos, sexismo, misoginia, além de racismo, homofobia, xenofobia, etarismo e neoliberalismo marcariam a sua velha narrativa. Mais do mesmo à Casa Branca.
Ele mantém uma distância de segurança de Donald Trump. A sua presença seria vetada pela família do ex-presidente dos EUA. Nada que impeça as suas operações heterodoxas. O líder conservador aparece à frente de Joe Biden. Nas pesquisas de opinião pública.
Uma versão dos EUA do maluco do Brasil Olavo de Carvalho, astrólogo elevado ao patamar de filósofo das novas direitas, Steve Bannon quer recuperar o seu antigo espaço perdido e espera escapar de enrascadas por 6 de janeiro no Judiciário.