Tragédia anunciada
Renato Dias
Com planejamento e requintes de crueldade, o Estado Sionista de Israel matou 112 palestinos famintos e com sede na fila por ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Mais: os mortos pelos violentos, cruéis e sucessivos ataques do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu totalizariam 30.035 na Faixa de Gaza e 434 já na Cisjordânia.
O levantamento estatístico minucioso é do Ministério de Estado da Saúde da Palestina. A projeção é que até 17 mil crianças podem ter sido assassinadas. Veja: por Israel.
Os atingidos, feridos e mutilados pela guerra insana de extermínio étnico no Oriente Médio seriam 70.457. O maior percentual das vítimas é de mulheres e crianças.
A rede de infraestrutura econômica, urbana, mobilidade, saúde, educacional e proteção social da Palestina virou pó. Apesar da ONU, a Palestina não possui ainda um Estado.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, diz que ocorre na região genocídio do povo palestino. Cães de guarda rosnaram e exigiram um pedido formal de desculpa.
75 anos de massacres
A paz entre Israel e Palestina depende do estabelecimento de dois Estados, afirma o professor doutor de História da Universidade Federal Fluminense [UFF], Daniel Aarão Reis Filho. “Independentes e fronteiras seguras”.
Os dois Estados devem, sim, se reconhecer e respeitar mutuamente, ele frisa. Israel e Palestina chegaram próximo da paz com os Acordos de Oslo, na Noruega, informa. Extremistas enfraqueceram os avanços, diz.
Fora disso é jogar lenha na fogueira, explica. É contribuir para acirrar as contradições, crê. Para que o conflito se torne interminável, lamenta. Com um cortejo de mortes e destruições, resume Daniel Aarão Reis.
A única saída para a paz na Palestina é o reconhecimento e construção de um Estado Nacional Palestino, sentencia o historiador e jornalista especialista em Geopolítica e Guerras, Frederico Vitor de Oliveira.
O que, hoje, a extrema-direita sionista de Israel não aceita, revela. O extermínio de palestinos na Faixa de Gaza apenas terminará com a perspectiva palatável e tangível de uma Palestina livre, ele fuzila.
Se o genocídio não cessar será mais do que necessário a comunidade internacional isolar Israel como foi feito com a África do Sul à época do regime racista do apartheid, atira o pesquisador do explosivo tema.
Já o professor doutor da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás [UFG], David Maciel, propõe uma grande campanha mundial por boicote, desinvestimento e sanções contra Israel.
O que é um genocídio?
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