O historiador e escritor Daniel Aarão Reis Filho
Internacional

Parem a guerra, grita Daniel Aarão Reis Filho

365 dias

Pólvora, sangue e 300 mil mortos 

Renato Dias 

A invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, prevista para ser de curta duração, chega a 365 dias, um ano, com uma contabilidade destrutiva de 300 mil soldados mortos, tragédia humanitária que atinge os dois lados do conflito na Europa. O desabafo é do historiador Daniel Aarão Reis Filho. Pesquisador de História da UFF.

Rússia destruiu a infraestrutura completa da Ucrânia 

Economia e terra arrasada

A rede de infraestrutura foi destruída e não existe perspectiva de paz, aponta Daniel Aarão Reis Filho. Para a celebração de um armistício, registra. Mais: os serviços de inteligência dos dois Estados revelaram – se incapazes de estabelecer previsões próximas da realidade, ele sublinha.

Oito milhões de refugiados e seis milhões de deslocamentos 

Refugiados da Ucrânia

O número de ucranianos refugiados para fora do seu País atinge oito milhões de habitantes, informa. As migrações, os deslocamentos internos alcançam seis milhões de pessoas, destaca. Não existe perspectiva de paz, fuzila. À celebração de um armistício aos beligerantes, atira.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin é um ditador, autocrata

Vladimir Putin

A FSB, SVF RF, CBP e o Diretório Principal de Inteligência, instituições de serviço secreto da Federação Russa, teriam garantido ao autocrata, um ditador, o presidente Vladimir Putin, produto da velha e dura KGB, da extinta União Das Repúblicas Socialistas Soviéticas [URSS], uma vitória rápida e tranquila, observa Daniel Aarão Reis Filho.

Contraofensiva do mundo ocidental

Joe Biden

Os serviços de inteligência dos países do mundo ocidental garantiram também que a economia, o Produto Interno Bruto, o PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no e pela Rússia, sofreriam uma abrupta queda vertical, recorda – se. O PIB cresceu mostra o Relatório Anual do velho Fundo Monetário Internacional [FMI]. Projeção errada.

Inexistem mocinhos nesta guerra podre, criminosa 

Ucrânia sob bombardeios da Rússia

O intelectual público frisa que inexistem na guerra mocinhos. O conflito possui apenas bandidos, resume. A disputa sangrenta não iniciou somente em 24 de fevereiro de 2022, ressalta. Ela começa com a extinção da URSS em 25 de dezembro de 1991 e do fim do socialismo realmente existente no Leste Europeu, entre 1989 a 1992

A OTAN foi criada no ano de 1949, sob a guerra fria

A guerra Rússia e Ucrânia

Com o isolamento internacional da Rússia, a sua não integração à economia globalizada, e com a extensão da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, fundada no ano de 1949, sob a Guerra Fria [1945-1991], para impedir o avanço do socialismo, às fronteiras do País, frisa. Mais: medidas que ameaçam a segurança da Rússia, admite.

Parem a guerra, suspendam o conflito, imediato cessar-fogo

Parem a guerra, dispara. Veja: suspendam o conflito bélico, propõe. Uma trégua de paz já, imediata, recomenda. Estabelecimento de conversações para um acordo justo, explica. A Ucrânia não deveria ser, hoje, um ponto de conflito e sim um elo para a inserção atual da Rússia com a Europa e os EUA, alerta o docente e escritor Daniel Aarão Reis Filho.

Longe de apoiar a Ucrânia e distante da Rússia 

Não dá para apoiar a Ucrânia muito menos a Rússia, metralha. Os Estados Unidos das Américas têm uma folha corrida extensa, diz Manchada de sangue, de invasão de países soberanos, para insuflar golpes de Estado civis e militares [como na América Latina], e mesmo de destruição de Estados: Iraque, Líbia, Afeganistão e até Sérvia, observa.

A sua escalada pode levar, hoje, à guerra atômica

Labaredas

Vladimir Putin apresenta uma perspectiva nacionalista, sectária, anacrônica, além de reacionária, insiste. Em tempo: os Estados Unidos abusam da hipocrisia ao falarem em liberdade e democracia, contra-ataca. Não dá para apoiar um dos lados, registra. Uma guerra podre, fuzila. A escalada pode levar à guerra atômica e destruir a humanidade, crê

Com a catástrofe de destruição da humanidade

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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