Markus Sokol
Política

DAP: 13 anos por um PT à esquerda

DAP nas ruas

DAP: 13 anos por um PT à esquerda

Plenária virtual dia 10, sábado, às 16h

 

Júlio Turra – IV Internacional
Renato Dias
A tendência interna do PT, Diálogo e Ação Petista, de esquerda no espectro da sigla socialista fundada em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, sob a ditadura civil e militar, chega aos 13 anos de história neste sábado. Dia 10 de julho de 2021. Com uma ampla plenária virtual programada para ocorrer 16h. As inscrições devem ser realizadas até hoje, 8 de julho, quinta-feira.

Quadros

O DAP possui quadros nacionais como Luiz Eduardo Greenhalgh, ex – vice prefeito de São Paulo e ex – deputado federal,  Markus Sokol, membro da executiva nacional do PT,  Júlio Turra, integrante da IV Internacional e Misa Boito, líder feminista. Os seus dirigentes em Goiás são Thelma Gomes, Angela Cristina, Humberto de Assis Clímaco, professor doutor da Universidade Federal de Goiás.
DAP

 

Carta-Diálogo e a fundação

Em 28 de fevereiro de 2008 era lançada a Carta-Diálogo número 1. Ela dizia  “quando a ‘crise imobiliária’ dos EUA se espalha pela economia mundial, Lula, é hora de outra política! Chega de parceria com Bush!”. O que propunha a Carta-Diálogo? “Propomos nos reunir num quadro de respeito mútuo às posições de cada um, submetendo desde já nossas reflexões à discussão. E perguntamos: não é chegada a hora, vendo o rumo que as coisas tomam, de juntos criarmos uma força? Nós pensamos que sim. Uma força que não concorra com as organizações construídas pelos trabalhadores, mais necessárias do que nunca”.

 

Luiz-Eduardo-Greenhalgh
Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado de presos políticos

Como surgiu

A iniciativa partiu do Jornal O Trabalho, da Corrente O Trabalho do PT – que ainda hoje é um dos grupos que participa e ajuda a impulsionar o Diálogo e Ação Petista. A Carta foi lançada como suplemento bimensal nas páginas centrais do Jornal, que serviu para discutir com e junto com outros petistas não integrantes de O Trabalho, para a qual foram coletadas centenas de adesões em todo Brasil. A Carta-Diálogo teve cinco edições até o Encontro Nacional.

Thelma Gomes protesta

Fundação

A direção subordinada ao Planalto não ouve os militantes e quadros do partido

No feriado de 15 de novembro de 2008, em São Paulo, viria a se constituir o Fórum de Diálogo Petista. “Nos reunimos – 83 militantes vindos de 13 Estados – num Encontro Nacional para uma discussão urgente sobre a difícil situação que se abre. Agora, está clara a crise mundial para a qual o sistema capitalista da propriedade privada dos meios de produção, controlado pela especulação, arrasta o país e o mundo.”

Adotado então o nome Diálogo Petista, a sexta edição do suplemento do Jornal O Trabalho nº 650 registra a resolução adotada no Encontro, que desde o início defende a atualidade do Manifesto de Fundação do PT: ‘nós reafirmamos a nossa luta para “construir uma sociedade igualitária, onde não hajam explorados e nem exploradores”’ [Manifesto de Fundação do PT]. O encontro, reunido logo após as eleições municipais onde o PT havia estagnado nacionalmente, diz que ‘a direção subordinada ao Planalto não ouve os militantes e quadros do partido. A direção do PT precisa dizer ao governo o que a base quer, e não deixar o PT ser destruído, deixar de ser PT! Mais do que nunca, um Diálogo Petista é necessário! Para o PT cumprir com aquilo para o que foi fundado: “o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinam ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas”’ [Manifesto de Fundação].

O Encontro conclui: ‘nós lançamos o Diálogo Petista, afirmando que “o governo Lula tem mudar de política” e, ainda mais, “queremos um governo petista que faça o que um governo petista deve fazer para nos livrar da política imperialista”. O que hoje significa proteger os trabalhadores, e não os especuladores – nenhuma união com os que organizaram a crise!’

Humberto Clímaco

Depoimentos

Trechos de depoimentos de militantes presentes no Encontro de fundação, que podem ser obtidos na íntegra aqui.

“O começo de uma verdadeira discussão petista propostas para o partido e para a luta de classe”, Claudinho, do Mov. Negro, São Paulo

Um agrupamento que será um ponto de apoio para todos ”, vereador Biancho, de Sarandi/PR

“Voltamos ao PT para discutir com a base com toda liberdade”, antigo Coordenador da campanha a prefeito e vice-presidente do PSOL de Mauá (SP), após retornar ao PT.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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