Lawfare é liquidada
Renato Dias
O juiz eleitoral da 135° zona do Tribunal Regional Eleitoral [TRE] do Estado de Goiás, Alessandro Ferreira Pacheco, determinou o arquivamento da “Operação Confraria”.
Em tempo: ela havia sido executada pela Polícia Federal [PF] e o Ministério Público Federal [MPF]. O alvo era Jayme Rincón. O presidente da Agetop. Do Governo de Goiás.
De 2018 a 2024, por seis anos consecutivos, o acusado, inocentado, enfrentou calvários. Ameaças vis que envolviam sua família. Ela não exercia nenhum protagonismo político.
Para atingir Marconi Perillo [PSDB], antes do pleito de 2018, o favorito ao Senado, acertaram Jayme Rincón e seus parentes. Com prisões e espetacularização midiática.
Mais: a Operação Confraria teria promovido uma Lawfare. Uma perseguição jurídica implacável com motivação política explícita até pornográfica. Com o suporte da mídia.
Veja: os conglomerados de comunicação, monopólios privados, contribuíram de forma acrítica para destruir imagens e desconstruir reputações. Em um sórdido jogo de poder.
A Lawfare no Brasil atingiu uma escalada violenta na República de Curitiba, com o então juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, com o TRF-4.
Já o ativismo judicial, policial, midiático e político executado em Goiás produziu narrativas inverídicas com tsunami de Fake News nas eleições de 2018, 2020 e 2022.
Movimentos de Lawfare produziram ódio, polarização, violência política, rejeição ao pluralismo e o empoderamento da velha extrema-direita. No Brasil e no Centro-Oeste.
O Conselho Nacional de Justiça [CNJ] interveio no TRF-4. Deltan Dallagnol acabou cassado. Sérgio Moro virou réu no Supremo Tribunal Federal [STF]. O cenário já mudou.