Suástica em condomínio de luxo
Fascismo em Goiânia
Crime de apologia ao terror
‘O direito à liberdade de expressão não engloba a apologia do nazismo
Renato Dias
Símbolo histórico do nazismo [1933-1945], imortalizado nos crimes de lesa-humanidade executados pelo chanceler da Alemanha, Adolf Hitler, um artista plástico medíocre, a Suástica adorna, hoje, uma parede, de um condomínio de luxo da capital do Estado de Goiás: o Jardins Madri. Escárnio. Escândalo.
O presidente da Associação dos Moradores do Condomínio Jardins Madri, um advogado, Márcio Flamarion, crítico, informa ao Portal de Notícias www.renatodias.online condenar eventual apologia ao nazismo e fascismo. Inaceitável, resume. Ele diz que a segurança irá monitorar o que a câmera local captou.
A suástica é o ícone da propaganda nazista que mais obteve visibilidade. Ela estampava a bandeira, cartazes eleitorais, braçadeiras, medalhões e emblemas militares. Além de organizações de extrema-direita do III Reich. O símbolo dos arianos supremacistas. Terror aos judeus, negros, ciganos, LGBTsQUIAP+.
O Brasil teria, hoje, 530 células neonazistas. Com dez mil adeptos. Goiás já faz parte do mapa. O alimento é o racismo, a xenofobia, a misoginia, a homofobia. A masculinidade tóxica. O ódio à democracia e às esquerdas. O culto às armas. Veja: ode à violência. Ao armamentismo. É, sim, a miséria fascista.
Pesquisadores da História Contemporânea apontam fundamentados em documentos que o totalitarismo nazifascista teria sido o responsável por 26 milhões de mortos. Judeus, seis milhões. A projeção de mortes na Segunda Guerra Mundial é de até 85 milhões de pessoas. Entre 1939 a 1945.
Apologia ao nazismo é crime
A apologia ao nazismo é crime, sim. É o que determina a Lei 7.716, de 1989. Fabricar ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos e propaganda com o uso da Cruz Suástica é passível de uma pena de reclusão de dois a cinco anos e multa. Assim como incitar a discriminação de raça, cor, etnia, religião: um a três anos de cadeia e multa também.