Eu e a brisa
Eu e a Brisa
Leopoldo Paulino
Começo de noite, atendo um telefonema e um amigo me diz que Jhonny Alf estava em Ribeirão Preto e me pergunta se poderia levá-lo em minha casa para que eu o conhecesse. De imediato aceitei. Seria uma honra ter em casa um dos mestres e criadores da bossa-nova, exímio compositor e pianista brasileiro.
Chegaram e eu não podia conter minha emoção em receber a eminente figura que tanto admirava. Jantamos e não pedi que ele tocasse, até porque seria uma indelicadeza com o ilustre visitante. Resolvi brindá-lo com sua música mais conhecida.
Reconhecendo o notório saber de Jhonny Alf, não me aventurei a tocá-la no piano e assim interpretei “Eu e a Brisa” cantando e tocando ao violão. Nervoso, perante a presença de meu nobre convidado, não fui capaz de realizar a minha performance, errei alguns acordes e desafinei um pouco.
Entretanto, ao terminar, com a elegância de sempre, Johnny me aplaudiu e sorridente disse:
_ “Parabéns! Você toca muito bem”!