Cristina Lopes
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‘Horizonte do PL é faixa própria’

Eleições de 2020

Horizonte do PL é faixa própria

Cristina Lopes quer múltiplos modais de transportes, cooperativas de catadores, limites à expansão urbana, conservar a arborização e investir em saneamento básico na metrópole

 

O cenário é incerto

Cristina Lope

 A crise é sem precedentes

Cristina Lopes

 É urgente a transparência nos números

Cristina Lopes

 Múltiplos modais de transportes

Cristina Lopes

 

Leia a íntegra da entrevista:

 

Renato Dias

A multiplicação de modais de transportes, a criação de cooperativas de trabalhadores, para ampliar a geração de emprego, trabalho e renda, para os catadores de papel e lixo, por exemplo, assim como estabelecer limites rígidos, concretos, na lei, para a expansão urbana. É o que propõe, hoje, a vereadora Cristina Lopes. A pré-candidata do PL, o Partido Liberal, ao Paço Municipal. Leia-se: Prefeitura Municipal de Goiânia. Cidade fundada em 1933. Por Pedro Ludovico Teixeira. Com base na Art Déco. Mulher, fisioterapeuta, feminista, defensora radical dos direitos humanos, em uma luta cotidiana visceral contra o racismo, a homofobia, a miséria social e o crescimento desordenado, não planejado, da capital, hoje com 1,5 milhão de habi­tan­tes. Sob a Pandemia do Coronavírus Covid 19, em franca expansão, com efeitos na econo­mia local, com o crescimento do desemprego e a escalada conservadora. Tempos Sombrios.

Cristina Lopes
Cristina Lopes

O PL sai em faixa própria nas eleições de 2020, em Goiânia?

Cristina Lopes _ Sim,  temos trabalhado com esse horizonte. Conseguimos formar uma chapa de pré-candidatos a vereador plural, com nomes fortes e propostas sólidas. O PL é um partido que quer maior participação no debate, fortalecer chapas e pessoas com compromisso sério com a política.

Qual a sua plataforma política e eleitoral?

Cristina Lopes _A nossa plataforma gira em torno de uma cidade para as pessoas, com desenvolvimento nas suas distintas dimensões: política, econômica, social, ambiental e cultural. Todas essas frentes importam quando queremos, de fato, uma cidade justa e acessível à todas as pessoas.

Cristina Lopes
Cristina Lopes

Alianças? É possível ampliar o leque de aliados?

Cristina Lopes _ É sempre possível fazer alianças políticas, desde que a ética e a responsabilidade sejam o norte. Aprendi que a política não é a defesa apenas dos meus, pois vivemos em uma sociedade complexa e que exige o diálogo com os diferentes. Fazer política é alcançar as melhores saídas. Para todos.

Bolsa das cotações: nomes para vice?

Cristina Lopes _ Ainda é cedo para falar em vice, pois o cenário ainda é muito incerto. A crise do coronavírus está trazendo mudanças na maneira de se organizar uma campanha. Tudo ainda é uma novidade. Nossa preocupação, por enquanto, é em construir um projeto sólido, com uma base de apoio que nos dê condições de debater Goiânia e propor soluções viáveis para os problemas que afligem a capital.

Mudança na data das eleições para novembro: objeções ou não?

Cristina Lopes _ Acredito que esse debate deve ser feito com responsabilidade, levantando todos os pontos importantes. Não podemos apenas mudar o calendário ou manter, é preciso um consenso dos atores sociais e políticos do que é melhor para o país. Estamos no meio de uma crise sem precedentes e uma eleição nesse momento precisa ser tratada com bastante luz.

Qual o programa para enfrentar a Pandemia do Coronavírus Covid-19?

Cristina Lopes _ A Prefeitura de Goiânia errou bastante, mais uma vez, com esse tema. As primeiras notificações demoraram a ocorrer por aqui, e já tínhamos exemplos no mundo do que deveria ter sido feito. A princípio, uma equipe especializada para treinar todos os profissionais com procedimentos básicos de como colocar e retirar EPIs. Depois, a própria compra e distribuição de equipamentos adequados, diferentes das máscaras que estão sendo entregues e que causam, no mínimo, alergia nos servidores. A gestão da saúde no município, há muito tem demonstrado ser ineficiente e despreparada. Hoje, precisamos de um plano mais coeso, com regras claras. Além de transparência nos números, pois as pessoas não sabem muito bem qual é o nosso cenário.

Cristina Lopes
Cristina Lopes

Mobilidade urbana: o que fazer?

Cristina Lopes _ É preciso fortalecer uma gestão metropolitana em que os municípios aumentem sua participação econômica no transporte. Goiânia não tem conseguido disputar melhorias no transporte público e essa incapacidade é pela maneira como o desenho atual está configurado. Temos bons exemplos de contratos e desenhos pelo Brasil e precisamos ponderar qual a melhor solução. Niterói, por exemplo, tem um sistema que agrada bastante a população e têm verdadeiros BRTs. Goiânia necessita criar modelos alternativos e complementares. Hoje, as boas experiências no mundo são de cidades que apostaram em múltiplos modais de transporte. Não podemos mais ficar atrasados.

Como construir uma cidade sustentável?

Cristina Lopes _ Esse não é um tema fácil, mas é extremamente necessário. Nos últimos anos Goiânia perdeu muito sua qualidade ambiental. A expansão urbana, a impermeabilidade do solo, o rebaixamento dos lençóis freáticos e a não conservação da arborização causaram uma mudança significativa na nossa qualidade de vida. A Prefeitura de Goiânia, infelizmente, continuou errando nesse último mandato, com obras que, visivelmente, não respeitam as questões ambientais. Precisamos fortalecer cooperativas de catadores, investir em saneamento básico, criar uma política de mudança social, com valorização de práticas mais conscientes. Esse trabalho é urgente!

Goiânia
Goiânia

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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