Política

TSE deve legalizar Unidade Popular. Leonardo Péricles, em entrevista exclusiva, condena reforma da previdência e privatizações

Legenda gauche

TSE deve legalizar Unidade Popular

Leonardo Péricles, em entrevista exclusiva, condena reforma da previdência e privatizações

 

Renato Dias

Com um programa que propõe uma Frente Ampla, com uma plataforma republicana, não patrimonialista, ‘gauche’, sem rebaixamento estratégico da agenda das lutas de classes, a Unidade Popular deve ser a próxima legenda a obter o registro de sua legalização no Tribunal Superior Eleitoral. O TSE e os TREs [Tribunais Regionais Eleitorais], de 27 unidades da federação, terminam, em junho, a confirmação das listas de assinaturas. Mais de um milhão de eleitores. A exigência da legislação eleitoral é de 495 mil. A ideia é participar das eleições de 2020 e de 2022. Com a cara da mudança. Para um Brasil diferente. Socialista e democrático. É o que diz, com exclusividade, o presidente da Comissão Provisória Nacional, Leonardo Péricles.

– A Unidade Popular condena a Reforma da Previdência, ataca a retirada de direitos histó­ricos, amparados pela Constituição de 1988, e defende a deflagração de uma greve geral.

Macroeconomia

Caricatura de Karl Marxs

Líder dos Sem Teto, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, um movimento com influência de massas, ele rejeita o projeto macroeconômico apresentado pelo superministro da Econo­mia, Paulo Guedes. Um homem do mercado. O projeto de Estado Mínimo, com a privatização de estatais estratégicas para o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de riquezas e distribuição de renda, poder e direitos, é um retrocesso, dispara. Medidas semelhantes fracassaram na Argentina, informa. Maurício Macri destruiu a economia da Argentina, relata. O Brasil possui, hoje, 27,7 milhões de desempregados e desalentados, 48,5 milhões de pessoas em vulnerabilidade social e 36 mi de brasileiros no mercado informal ou invisível, denuncia.

– A suposta entrega do Pré-Sal, a venda da Petrobras e da Eletrobras, a privatização da Empresa de Correios e Telégrafos, da Caixa Econômica Federal e do BB constituem crimes.

Liberdade

A Unidade Popular defende a libertação do ex-presidente da República, por dois mandatos consecutivos, Luiz Inácio Lula da Silva. Mais: exerce oposição dura ao atual inquilino do Palácio do Planalto, Jair Messias Bolsonaro [PSL]. Misógino, sexista, racista, homofóbico, neoliberal, defensor da ditadura civil e militar, com a sua herança de violações de direitos humanos, e apoiador do coronel, ex-comandante do DOI-CODI, de São Paulo, um centro de torturas, execuções extrajudiciais e de desaparecimentos políticos de opositores e dissidentes, vocifera.  Um dos núcleos da Unidade Popular é o tradicional, no espectro da esquerda brasileira e latino-americana, Partido Comunista Revolucionário, conta. O PCR. A estratégia é o socialismo.

– Com a socialização da riqueza, o fim da miséria e da opressão do homem pelo homem e da igualdade de gênero e o respeito às diversidades e aos direitos LGBTs.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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