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Policarpo pede verbas à Orquestra Sinfônica

De Goiânia

Músicos da OSGO solicitam reajuste salarial e investimentos em modernização da organização que integra a Secretaria Municipal de Cultura

Em resposta ao pedido de apoio administrativo feito por músicos da Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO), o presidente da Câmara de Goiânia, vereador Romário Policarpo (Patriota), propôs que cada um dos 35 vereadores reserve R$ 100 mil de suas emendas impositivas para a organização. “Se cada vereador se dispuser a participar, será possível comprarmos todos os instrumentos musicais novos”, diz o parlamentar.

A OSGO reivindica atualização salarial – segundo os músicos, a categoria está sem reajuste desde 2011 – e investimentos na modernização de equipamentos. O pedido feito por Policarpo foi acolhido pelos vereadores Anselmo Pereira [MDB], Isaías Ribeiro [Republicanos] e Denício Trindade [MDB], que se compromissaram a alocar R$ 100 mil de suas emendas para o grupo. O montante deve ser pago em fevereiro do próximo ano.

O presidente da Câmara relembrou outro gesto semelhante da Casa, quando vereadores encaminharam recursos de suas emendas para a aquisição de instrumentos musicais para a banda da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM). Embora considere a arrecadação um “afago”, ele defende que a reestruturação seja feita com melhores salários e condições de trabalho: “Já passou da hora”, pontua.

Com 75 músicos e 40 cantores, a Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO) é estrutura integrante da Secretaria Municipal de Cultura. Em maio de 2022, a organização enviou proposta de reestruturação para a pasta. O documento inclui um levantamento sobre as orquestras do Brasil, revelando que os profissionais de Goiânia recebem os salários mais baixos entre todas as orquestras do país.

Os profissionais da OSGO afirmam estar atravessando “a maior crise institucional desde sua criação”, em 1993. Os músicos recebem cerca de R$ 2,2 mil mensais, enquanto os cantores ganham em torno de R$ 1,6 mil mensais. A título de comparação, músicos de outras orquestras do país, como as de São Paulo e Minas Gerais, têm vencimentos na casa dos R$ 14 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Em Brasília, os salários chegam a ser 11 vezes superiores aos de Goiânia.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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