Vereadora Dra. Cristina Lopes
Política

Cristina Lopes é a novidade?

Paço em disputa

Cristina Lopes é a novidade?

José Sebba Júnior diz que postulante do PL possui um programa ancorado na modernidade contemporânea, com uma plataforma republicana e de interferência do Poder Público

 

Renato Dias

 

Nascido em 22 de dezembro de 1933, o ano de fundação da nova capital do Estado de Goiás, uma determinação do interventor da Revolução de 3 de outubro de 1930, médico graduado no Rio de Janeiro, Pedro Ludovico Teixeira, Iris Rezende Machado se elegeu vereador, em 1958, aos 25 anos. Deputado estadual aos 29, em 1962. Testemunhou a deposição de Mauro Borges Teixeira, em 26 de novembro de 1964, aos 31. Ele ganhou a corrida para a Prefeitura Municipal de Goiânia, em 3 de outubro, de 1965. Aos 32. A solenidade de posse ocorreu em 31 de janeiro de 1966. O sucessor de Hélio Seixo de Brito. É o que registra a breve História do município.

 

José Sebba Júnior

Venerando de Freitas foi o primeiro gestor a exercer o cargo. Nomeado por Pedro Ludovico Teixeira. O adversário da Oligarquia Caiado. À época. Família que possuía capilaridade social e política. Na antiga capital do Estado, hoje Cidade Goiás. Patrimônio arquitetônico e cultural da Humanidade. O  adversário nas urnas de Iris Rezende Machado teria sido Juca Ludovico. Ex – governador do Estado de Goiás. Inquilino do Palácio das Esmeraldas em dois momentos históricos. Em 1945, como interventor estadual. De 1955 a 1959, governador de Goiás. Ho­mem de Itaberaí. Ex – prefeito local. Chefe da Novacap. Político tradicional. Obeso. Mais velho.

 

O mote do discurso usado em 1965: ‘o novo contra o velho’. Com estilo populista, o seu foco se constituiu nos antigos bolsões periféricos da nova capital. Com a promessa de inovar a práxis política. Com a realização do inédito ‘Mutirão’. No palanque dos comícios, ele prometia um ‘mix’  de _ chão preto _  pavimentação asfáltica, com a construção de casas populares. Co­mo a tradicional Vila Redenção. Além de  geração de empregos e renda. Na pauta, a edificação do Parque Mutirama, praças, arborização, flores, abertura de ruas e avenidas. Assim como a modernização da máquina administrativa. Para ampliar as receitas e atender demandas sociais

 

Já com a campanha _ ‘Bom para 1970’ _ nas ruas, Iris Rezende Machado foi cassado pela ditadura civil e militar. Em 17 de outubro de 1969. Cinco anos depois de Mauro Borges Teixeira. Pedro Ludovico Teixeira perde o mandato de senador da República. O ex-prefeito tem os direitos políticos cassados. Por dez anos consecutivos. Leonino Caiado assume o cargo. De­pois, Manoel dos Reis. Rubens Guerra, Francisco de Castro, Hélio Mauro Lobo, Daniel Antônio, Índio Artiaga,  Goianésio Lucas. O líder integra o PMDB e disputa as eleições diretas. Para a Casa Verde. A primeira desde 3 de outubro de 1965. O mote: o cassado contra o responsável por sua cassação_ Otávio Lage de Siqueira. Eleito, nomeia Daniel Borges e Nion Albernaz.

 

Daniel Antônio se elege em 1985. É afastado. Joaquim Roriz assume o Palácio das Campinas. Daniel Antônio volta. Nion Albernaz, Darci Accorsi, Nion Albernaz, Pedro Wilson, Iris Rezende, Iris Rezende, Paulo Garcia e Iris Rezende são, pela sequência, os eleitos. Com  62 anos de vida pública, Iris Rezende é o velho, na política, em Goiás, admite o ex-prefeito de Montividiu do Norte, ex-secretário de Ação Social e Trabalho, ex-secretário de Planejamento da Prefeitura de Goiânia, ex-chefe de gabinete do Tribunal de Contas do Estado, ex-secretário particular da Presidência da Assembleia Legislativa, José Sebba Júnior. Cristina Lopes [PL] é a novidade, diz.

 

_ Em 2020.

 

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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