Cultura

Dicas para consumo cultural

Presidente da União Brasileira dos Escritores [UBE], seção de Goiás, o historiador e professor da UEG [Universidade Estadual de Goiás], Ademir Luiz recomenda, para os dias de quarentena, sob o isolamento social horizontal, obras refinadas de autores goianos. Como os escritores Miguel Jorge, Heleno Godoy, Cristiano Deveras, José Umbelino Filho, Leonardo Teixeira e Solemar Oliveira, pontua. As lives da Revista Bula, ele sublinha. Elas renovam, hoje, a linguagem, atira.

Professor em São Paulo, Fernando Casadei Salles, enragé nos anos 1960,  indica ‘Pedagogia da Autonomia’. De autoria de Paulo Freire. O pavor do presidente da República, Jair Bolsonaro. Assim como André Gorz, autor de ‘O imaterial _ Conhecimento, valor e capital’. ‘Poesia completa’, de Carlos Drummond de Andrade, sugere o pesquisador. Além de ‘Casa Grande e Senzala’, de Gilberto Freire, e ‘Grande Sertão Veredas’, de Guimarães Rosa, destaca o docente.

Graduada em Letras, mestre em Sociologia, doutora em História Social, estágios pós-doutorais em Sociologia e História, Maria Cláudia Badan Ribeiro, do Rio de Janeiro, propõe Theodor Adorno. ‘Estudos sobre a personalidade autoritária’, informa. Fascismo, Cultura e o Modo de Produção Capitalista, explica a estudiosa. Uma especialista em Francês e Italiano. A historiadora coloca na cesta de dicas a Nobel de Literatura Svetlana Aleksiévitch _ Tchernobyl. Tragédia de 1986. Sob o império da URSS. Música? Maria Bethânia e Caetano Veloso. Irmãos da Bahia.

Cult, pós-moderno & descolado, José Sebba Júnior, internado 12 dias, em Goiânia, relata que prefere aguardar os lançamentos dos mercados editorial, fonográfico e da indústria do cinema. Amante do futebol, é apaixonado pelo Vila Nova Futebol Clube [VNFC]. O maior do Centro-Oeste do Brasil, fuzila o ex-secretário de Estado de Ação Social e Trabalho, ex-titular da área de Planejamento da Prefeitura de Goiânia, ex-chefe de Gabinete do Tribunal de Contas do Estado [TCE] e ex-secretário particular da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.

Expert em ‘Jornalismo Gonzo’, admirador confesso de Gay Talese e de Norman Mailler, o jornalista e escritor Marcus Vinicius Beck, de apenas 24 anos, da vanguarda estética do Centro-Oeste, orienta uma visita online ao Museu D’Orsay. O periodista gauche, de texto minimalista, informa da estrela de ‘Sérgio’, com  o ator Wagner Moura, no catálogo da Netflix. Ah! Som? O cabeludo cult manda ver: ‘Nuvens’. Soul, do irreverente Tim Maia. É do ‘Balacobaco’, dispara. Escritor? Sem dúvida, Nirlando Beirão, ‘Meus Começos e Meu Fim’, fuzila o eterno repórter.

Cineasta de trânsito internacional, papa-prêmios no Brasil, diretor do cultuado ‘Retrato 3/4 de um Tempo’, Ângelo Lima, o atual presidente do Conselho Municipal de Cultura, intérprete inventivo de Charles Chaplin, opta por Netflix, YouTube, DVD e suplica ao leitor que permaneça em casa. Para impedir a disseminação do Coronavirus Covid 19, desabafa. Em defesa da vida, registra o ícone da cultura em Goiás. Poesia é o presente, metralha o realizador. 

Ex-secretário da Cultura, prêmio Jabuti, escritor, cronista de ‘O Popular’, Edival Lourenço cita o livro ‘As Palavras’, 150 páginas, de Jean-Paul Sartre, Editora Nova Fronteira. Narrativa autobiográfica, conta. O intelectual põe na lista o filme ‘The Yelow Birds’, de 2017, direção de Alexandre Moors. Drama sensível com final de dolorida poesia, afirma. Ele diz adorar a live de Andrea Bocceli, na catedral de Milão vazia, dia de Páscoa. “A crise atual o deixa emocionante.”

Psicóloga, adepta das ideias de Sigmund Freud, o ‘Pai da Psicanálise’, morto em 1939, no Reino Unido, já sob a Segunda Guerra Mundial, Martha de Lourdes Dias Batista diz adorar a produção cinematográfica do polonês polêmico Roman Polanski. Um presente para assistir e refletir sob a quarentena,  isolamento social horizontal, em virtude do Coronavirus Covid 19, é ‘Lua de Fel’, insiste. O filme ‘Martha’, ano de 1974, de Rainer Fassbinder, é espetacular, ela pontua.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 20 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 20 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. 

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