Violência do Estado Soco no estômago
Doc _ 21 min
Violência do Estado
Soco no estômago
Luto para nós é verbo registra o muro das lamentações de mães, pais e das lutas por condenações de policiais militares e civis acusados de execuções extrajudiciais. Sumárias
Renato Dias
Andrew Carvalho foi morto por agentes do Estado. Quando? Em 1º de janeiro do ano de 2008. O aparelho policial, como determina a Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, deveria protegê-lo. O choro é de sua mãe Deise Carvalho.
Rafael da Silva Cunha morreu. Uma execução extrajudicial. A sangue frio. Data: 5 de dezembro de 2006. A informação é repassada, em tom de tristeza, por sua genitora, Mônica Cunha. Membros da Polícia Civil, os acusados pelo crime. Sem castigo.
Alex Cavalcante. O jovem obteve o mesmo destino. A história é narrada por Edna Cavalcante. A sua mãe. Sempre. De excluídos. Negros. Das periferias. Do Rio de Janeiro, São Paulo e nas capitais do Brasil. Um País de dimensões continentais. Trágico. Triste.
Mapa da violência
Estatísticas apontam que, apenas no ano de 2017, 5.144 pessoas foram mortas por policiais militares ou civis. As chacinas se repetem. Repetem. Repetem. Candelária, julho de 1993, oito meninos em situação de rua. Vigário Geral, 29 de agosto de 1993, 21 cadáveres.
A do Borel. Ano: 2003. Favela do Barbante, cinco mortos. Quando? Em 25 de junho de 2009. Crime hediondo. Mais: em julho de 2009. Na Vila Vintém, com 19 mortos. Escravismo colonial, ditadura civil e militar, banda podre, violência do Estado e milícias. Brasil 2020.
É o documentário Luto para nós é verbo. Da jornalista, mestre em Antropologia, escritora e cineasta Natasha Neri. Duração: 21 minutos. Produção da Conecta Direitos Humanos. Em exibição na Mostra Elas Fazem Cinema. De setembro de 2020. GECI. Projeto de Extensão da UFG.
_ Sob a coordenação da doutora da Faculdade de História da UFG, Alcilene Cavalcante.
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