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Adeus, Lênin

100 anos

A Internacional
Arte: Gilberto Maringoni

Renato Dias

É preciso afastar Stálin da secretaria geral, diz Lênin em seu testamento que deveria ser apresentado aos revolucionários. Nascido em 22 de abril de 1870 como Vladimir Ilich Ulianov, ele morre em 21 de janeiro de 1924. Há 100 anos. Líder da revolução russa de 25 de outubro do ano vermelho de 1917.

Lênin e Leon Trotski

Ióssif Vissariovich Djugatchivilli, nome real de Josep Stálin, continuou no cargo. Ele expulsou Leon Trotski do PCURSS e do País e ordenou a sua execução ocorrida em 21 de agosto de 1940, no México. Além de matar a Velha Guarda Bolchevique, montar os Processos de Moscou, de 1934 a 1938.

Josep Stálin

Lênin, autor de Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, Estado e Revolução, Que fazer?, retornou do exílio após a queda da monarquia de três séculos, em 1917, lança as Teses de Abril, veta acordo com Governo Provisório e defende Todo o Poder aos Sovietes: operários, soldados e camponeses.

Leon Trotski

Após a revolução socialista, a primeira experiência da humanidade, o advogado bolchevique de indefectível cavanhaque designa Leon Trotski para celebrar o acordo de Brest Litovski, fundar o Exército Vermelho, vencer a Guerra Civil [1918-1922]. Ele lança a NEP, Nova Política Econômica.

Karl Marx

Uma socialista revolucionária, Fanny Kaplan dispara um tiro em Lênin. Veja: homem que amava os gatos, curtia bibliotecas, devorava os livros, gostava do ar puro das montanhas, ele não morre no atentado em 1919. Mais: o teórico adepto das ideias de Karl Marx [1818-1883] ficaria com graves sequelas.

Holodomor

Com a ascensão definitiva, Josep Stálin exerce uma ditadura por 30 anos, fundada no culto à personalidade, no poder da KGB. Ele cria Gulags, censura à imprensa, tutela artes e espetáculos, promove o Holodomor, persegue judeus, celebra um pacto com Adolf Hitler e opera o Massacre de Katyn.

Adolf Hitler

Amante do xadrez, o marido de Nadedja Krupskaia havia escrito que depois da revolução, o socialismo seria uma transição à uma sociedade sem a exploração do homem pelo homem, com a emancipação da mulher, longe da desigualdade social, distante da miséria e o Estado “definharia.”

Nadedja Krupskaia

Não é o que virou a URSS. Mesmo sob as suas ordens, a Duma acabou fechada, o regime de partido único consolida-se com a proibição de frações e até dissidências, intelectuais foram deportados, sindicatos tutelados e os marinheiros de Kronsdat morreram em um sórdido banho de sangue. O ditador já estava à espera no Kremlin.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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