O medo da derrocada e da prisão
Nacional

Minúcias do Terror: anistia, não!

Assim ensaiaram os atentados

Retrocesso civilizatório

Anos de ataques à democracia 

Renato Dias 

Ato planejado e financiado nas minúcias das sombras. Uma convocação de massas. Nas múltiplas plataformas digitais. Mais: com a “suposta anuência” do Alto Comando das Forças Armadas. Do Gabinete de Segurança Institucional, Guarda Presidencial. Assim como de uma franja das PMs e de reduzida fração dos governos estaduais. Assim é que explodiu o terror de 8 de janeiro de 2023.

Tentativa de golpe de Estado civil e militar

Nada teria sido executado também sem as colaborações de Ibaneis Rocha, governador do DF afastado, e de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do GDF. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. O Palácio do Planalto, STF, AGU, Polícia Federal e Congresso Nacional rastreiam as digitais de Jair Messias Bolsonaro e ainda dos generais Augusto Heleno e Braga Neto.

O mantra havia sido repetido desde 2018. Para fuzilar a petralhada, discursou o velho capitão reformado do Exército Brasileiro [EB]. Antes, já enviara sinais de que poderia matar Fernando Henrique Cardoso [PSDB]. O homem de extrema-direita foi preso, em 1987, na caserna, sob acusação de planejar atentados terroristas no Rio de Janeiro [RJ]. Os laços são ostensivos com as milícias.

Sigmund Freud – especial

Com ódio à democracia, hipertrofia de sua pulsão de morte na psiquê, uma reduzida tolerância à frustração, Mito, Jair Bolsonaro estimula ataques às instituições. Líder, Sara Winter e os 300 marcharam com tochas de fogo nas mãos e máscaras dia 31 de maio de 2020. Comparados à Ku Kux Klan em direção à sede do Poder Judiciário, no país. O alvo: o ministro Alexandre de Moraes.

Sara Winter

Bastam um soldado e um cabo para fechar o STF, afirmou Eduardo Bolsonaro, em 9 de julho de 2018. Ele é filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Em tom de ira, Jair Bolsonaro disparou, em 28 de maio de 2020, em frente ao Palácio do Alvorada, contra o Inquérito que investiga as Fake News e o Gabinete do Ódio. A relatoria? De Alexandre de Moraes. “Acabou, porra. Acabou!”

Após determinar a prisão do então deputado federal Daniel Silveira, valentão que quebrou uma placa com o nome de Marielle Franco, morta por milicianos, no dia 14 de março, de 2018, o parlamentar foi condenado a oito anos de prisão, com a perda dos direitos políticos, o pagamento de multas, em abril do ano de 2022. O aliado extremista obteve um indulto especial do Palácio do Planalto.

Tudo ou nada. É a estratégia adotada pelo inquilino do Palácio da Alvorada. Para tentar instalar uma Autocracia no Brasil era preciso derrotar o Supremo Tribunal Federal, o TSE. O militar da reserva protocola, em agosto de 2022, um pedido de impeachment. Onde: no Senado da República. Contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, não acelera a tramitação. É arquivado. Derrota.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes

Como a narrativa não deu certo, a ordem colocada em movimento, no quente dia 7 de setembro de 2021, é subir o tom. Eleva-lo. O adversário: mais uma vez Alexandre de Moraes. Multidões de conservadores o aplaudem em São Paulo e Brasília. Um mar de camisetas amarelas e verdes. A suplicar-lhe. Pela deflagração de um golpe de Estado civil e militar. Sob o seu absoluto controle.

Jair Messias Bolsonaro – 7 de setembro de 2021

Presidente do PTB, Roberto Jefferson [RJ], aliado político, jogou uma bomba no colo do governo federal. Integrantes da Polícia Federal foram recebidos a tiros de fuzil e até granadas ao cumprirem ordem de prisão contra o ex-parlamentar.  Em sua casa no município de Comendador Levy Gasparian [RJ]: 23 de outubro. A agente Karina Oliveira e o delegado Marcelo Vilella ficaram feridos.

Roberto Jefferson – O Estado de S. Paulo

Um dia antes do segundo turno das eleições presidenciais, 29, a deputada federal Carla Zambelli [PL] sacou uma arma, caiu no chão, apontou-a à cabeça de um homem negro. Ela invadiu um restaurante nos Jardins. Trata -se de uma região nobre da capital de São Paulo. Depois, a PF apreendeu três armas em sua residência. O episódio mostra a tensão e o clima político e eleitoral.

Carla Zambelli

O último ensaio para o atentado terrorista em Brasília [DF], a capital da República, ocorreu em 12 de dezembro de 2022. Com os incêndios de carros, ônibus, a posto de gasolina, ataques a cidadãos e depredação. Com ameaça de explosão de bombas. Em dois locais. Um era próximo do Aeroporto Internacional. Explosivos descobertos e desmontados. Nitroglicerina pura.

Steve Bannon

Steve Bannon orientou tanto Donald Trump quanto Jair Bolsonaro a colocar sob suspeição o sistema eleitoral e o resultado final. Os dois perderam nas urnas. A insurreição, a segunda parte do plano. Capitólio, Estados Unidos das Américas, em 6 de janeiro de 2021. Praça dos Três Poderes, STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, Brasil, 8 de janeiro de 2023.

Terror, processos, rigor da lei

O que pensa a academia

Renato Dias 

A aplicação do rigor da lei, além de impedir a cultura da impunidade. É o que propõe, hoje, Carlos Ugo Santander. Professor doutor da Faculdade de Ciências Sociais, a FCS, da Universidade Federal de Goiás [UFG]. Aos responsáveis por atos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, de terrorismo, vandalismo e de destruição do patrimônio público, ele recomenda. Os acusados não podem ficar impunes, alerta. A lição é indispensável para quem aventura-se em deslegitimar a frágil democracia, insiste o analista da América Latina. O governo federal foi eleito pela maioria da população e não deve ser derrubado por um golpe de Estado, fuzila.

Carlos Ugo Satander [UFG]
Carlos Ugo Satander [UFG]
Os suspeitos pelas consecutivas ameaças e a tentativa de golpe de Estado civil e militar no Brasil devem ser processados, julgados e condenados, afirma ao Portal de Notícias www.renatodias.online o professor doutor de Sociologia, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás [PUC-GO], Silvio Costa. Sem anistia, nem esquecimento, muito menos amnésia social, pontua. O intelectual marxista aponta quatro processos contra Jair Bolsonaro, como o das Fake News, dos Atos Antidemocráticos, das 700 mil mortes sob a Pandemia. Assim como o do vídeo recém divulgado em suas redes sociais que mentem em relação às urnas, metralha.

Silvio Costa

Doutor em História na França, Gilvane Felipe defende a abertura imediata de processos, com direito à ampla defesa, ao contraditório, e condenados pelo Poder Judiciário no Brasil. Para impedir a erosão da democracia, reconstruída após 21 anos de ditadura no País. De 1964 a 1985. A punição deve ser exemplar, desabafa o ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia; de Cultura, e ex-superintendente do Sebrae, no Estado de Goiás. A abertura dos processos é indispensável para demonstrar à Nação que a democracia consegue proteger – se sem violar os direitos e garantias individuais, observa a crise política com serenidade.

Gilvane Felipe

Cáustico, o professor doutor em Educação da Universidade de Sorocaba [Uniso], Estado de São Paulo, Fernando Casadei Salles já é mais taxativo. Crítico, ao Portal de Notícias www.renatodias.online o docente, homem republicano, afirma que a Polícia Federal [PF], Advocacia Geral da União, Procuradoria da República têm a obrigação de promover uma ampla, geral e irrestrita investigação, reunir as provas robustas e comprobatórias, oferecer denúncias, processar e o judiciário julgar e condenar maior número de ativistas fascistas envolvidos com os atos de 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro, Brasília, capital da República e dos três poderes. Os crimes não são passíveis de anistia, observa o pesquisador do Tempo Presente.

Fernando Casadei Salles

O atentado à democracia, terrorista, dia 8, em Brasília, registra uma crise histórica, vê Alcilene Cavalcante. A professora doutora da Faculdade de História, da Universidade Federal de Goiás [UFG], mostra a insistência das Forças Armadas por protagonismo não restrito à caserna, explica. Não se submetem ao poder civil, diz. A ausência de Justiça de Transição da ditadura civil e militar para a frágil democracia faz com que o passado nunca passe no país, frisa. Em tempo: hoje, a República sangra, observa. A disputa, hoje, é persuadir o oficialato a retornar à caserna com punição aos envolvidos, relata. Sansão versus Golias, resume a pesquisadora.

Alcilene Cavalcante

A natureza do terror na capital da República é insurreicional. É o que informa o professor de Arquitetura Lenine Bueno. O projeto era o de derrubar um governo federal eleito, legítimo, diagnostica. É flagrante o apoio e a cumplicidade das Forças Armadas, Guarda Presidencial, GSI e PM, desabafa, além da horda de ativistas fascistas, pontua. Com os desdobramentos em estradas, refinarias e linhas de transmissão de energia, expõe. Um ensaio geral de golpe de Estado, atira. O xeque aos poderes republicanos já está evidente e a mão pesada da lei deve cair sobre a organização criminosa e dissuadir novas operações, sublinha o docente.

Lenine Bueno

Direito e Justiça

À luz das leis

Renato Dias

Presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, Alex Neder vê as manifestações agressivas em Brasília como vandalismo e crimes de dano às instituições públicas. O que é inadmissível, reclama. Os autores diretos, mentores e financiadores devem responder nos termos da lei, afirma o especialista. Mais: é preciso que se respeite a decisão soberana das urnas, registra. Os insatisfeitos e inconformados podem até protestar, admite. Com civilidade e respeito às leis e ao Estado Democrático de Direito, explica. Ditadura nunca mais, ele atira.

Alex Neder

O quadro atual de absoluta anarquia e de insubordinação nas Forças Armadas cria instabilidade política e alimenta atos de terrorismo, sublinha o advogado Edilberto de Castro Dias. Ex-procurador, além de ex – controlador geral da Prefeitura de Goiânia, ele diz que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é, hoje, o comandante em chefe do Brasil. O Palácio do Planalto deve adotar medidas duras imediatas para garantir o respeito aos três poderes da República, às instituições, destaca.

Edilberto de Castro Dias e Geraldo Alckmin

Advogado, Fernando Luiz Dolci informa ao Portal de Notícias www.renatodias.online que os envolvidos, sem exceção, devem ser processados julgados e condenados pelo crime de tentativa de golpe de Estado civil e militar no Brasil e de abolição violenta do poder da República. O que inclui Judiciário, Legislativo e Executivo, sublinha o operador do Direito. Não e caso de anistia, defende. A ausência de uma Justiça de Transição da ditadura civil e militar de 1964 a 1985, para a Democracia, produziu um Estado de Direito com déficit civilizatório, ele fuzila.

Fernando Luiz Dolci

Terrorismo

Bolsonarismo deve ser proibido?

Terror, violência e desestabilização

Veja o que propõe sindicalista

 

Renato Dias 

Uma investigação com um absoluto rigor, processos, julgamentos e condenações, sem anistia, diz Clayton de Souza Avelar, presidente do SindSac [DF]. O Bolsonarismo deve ser definido como um movimento terrorista e banido da vida política nacional, propõe. A Flórida [EUA] virou um reduto da extrema-direita do Brasil, diz o sindicalista.

Clayton de Souza Avelar

Sem parâmetros de comparação na História e no mundo, conceitua Railton Nascimento, presidente do Sinpro e da CTB, da seção de Goiás. O Capitólio nos EUA restringiu – se ao Legislativo e com repressão para impedir os avanços da horda fascista, ressalta. A ideia era produzir caos, exigir intervenção federal. Jair Bolsonaro seria o líder, metralha.

Railton Nascimento

Diretor do Instituto Sócio – Ambiental, além de ex-presidente da Funai, o filósofo Márcio Santilli é taxativo ao Portal de Notícias www.renatodias.online que os acusados de participação nos atentados terroristas em Brasília deveriam ser processados, julgados e condenados. Não cabe anistia, observa. “Apenas a gradação das responsabilidades”

Márcio Santilli

Sem anistia 

Multifacetada, esquerdas apontam mesmo caminho

 

 Os terroristas devem ser processados e julgados, anistia só irá incentivar novos atos

Professor Sebastião Leonardo

 

Renato Dias 

Sociólogo, Júlio Turra diz que as intenções golpistas de Jair Messias Bolsonaro eram anunciadas há tempos. Evidentes desde os atos de massa promovidos no dia 7 de setembro de 2021, pontua. A iminência de uma tentativa de golpe de Estado ficou mais clara nos dois meses de acampamentos em frente aos quartéis do Exército Brasileiro [EB]. Com o pedido explícito de intervenção militar que anulasse a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida no último 30 de outubro, relata. Um golpe anunciado, frisa. Ele ainda assim pegou o governo federal, uma semana após a sua posse triunfal com mais de 200 mil manifestantes em Brasília, desprevenido e desguarnecido, lamenta. É levar a contraofensiva até o final, fuzila.

Júlio Turra

A História colocou os crimes contra a humanidade, os seus autores e suas ideias, com o cultivo de golpes de Estado, além de ditaduras, na Estante da Barbárie, recorda-se Martiniano Cavalcante. Mais: o Brasil não executou a sua Justiça de Transição efetiva para confina-los no passado, resume. A democracia revela a sua força quando está mais ameaçada, diz. O destino nos colocou diante de uma cena que nos brinda com o paradoxo, registra. Com grotescas figuras, dispara. À imagem e semelhança de Jair Bolsonaro, atira. Luiz Inácio Lula da Silva [PT] deve varrer e derrotar a impunidade, desabafa. Com a punição nos QGs, na Faria Lima, no Agronegócio, no Parlamento, como Carla Zambelli e Bia Kicis, ele propõe.

Martiniano Cavalcante

Euler Ivo Vieira, um sobrevivente dos tempos sombrios da ditadura civil e militar no Brasil, aponta, com o dedo em riste, como os responsáveis pela tentativa fracassada de golpe de Estado. As Forças Armadas, GSI, Guarda Presidencial, PM.[DF], Ibaneis Rocha, governador afastado do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Jair Bolsonaro, afirma. Os atos possuíam homens especializados, treinados, e ainda ativistas contaminados pelo discurso de ódio à democracia, explica. Aos envolvidos os rigores da lei, recomenda o marxista. “A aprovação de anistia seria um erro histórico e que colocaria em xeque a estabilidade das instituições, dos três poderes da República”.

Euler Ivo Vieira

Anistia para quem planejou, ainda financiou, e mobilizou uma horda de terroristas para violar a Constituição Federal promulgada em 5 de outubro de 1988, destruir o patrimônio público e vandalizar dezenas de obras de arte de inestimável valor histórico, jamais. É o que afirma o nacional-estatista, em sua versão trabalhista, herdeiro das utopias de Leonel Brizola e de Darcy Ribeiro, Jordaci Vieira Matos. Um atentado à democracia com uma violência nunca vista na História da República no Brasil, registra. Aos três poderes, insiste. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário, enfatiza. Com ódio e ferocidade simultâneos, atira. Processos, julgamentos, condenações para impedir novas crises institucionais, políticas e ameaças, diz.

Jordaci Matos e Aldo Rebeldo

Exilado à época da ditadura civil e militar no Brasil, o advogado e também ex-presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, assim como escritor, cantor, poeta, documentarista e compositor, Leopoldo Paulino enxerga as digitais de Jair Bolsonaro. Ele cobra o fim da tutela militar e exige apuração com absoluto rigor dos atos antidemocráticos e da “tentativa terrorista” fracassada de golpe de Estado civil e militar no Brasil. As investigações necessitam prosseguir, acredita. Os acusados devem ser processados julgados e condenados, não como à época dos tempos de exceção, assinala. Não conceder anistia, recomenda o Operador do Direito. Uma leitura do século 21 com olho no retrovisor de 1964/1985.

Negro. Operário. Aposentado. Residente da Região Metropolitana de Goiânia. Adepto das ideias de Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Ilich Ulianov, codinome Lenin, Liev Davidovich Bronstein, nom de guerre Leon Trotski, Nahuel Moreno, argentino. É o velho camarada Javan Rodrigues. O militante trotskista e socialista quer uma investigação minuciosa, com a abertura de processos, com julgamentos, condenações judiciais dos terroristas que promoveram um radical atentado aos três poderes da República. “O Brasil errou ao não promover uma Justiça de Transição da ditadura civil e militar de 1964 para a democracia [1979-1988], o que consolidou a impunidade e a presença constante das Forças Armadas na política”.

Javan Rodrigues

Apesar da ausência in loco na tentativa já fracassada de golpe de Estado civil e militar em Brasília, Jair Bolsonaro, Anderson Torres e os generais Augusto Heleno e Braga Neto, são os responsáveis pelo Terror, admite o advogado trabalhista Rubens Donizetti. As investigações necessitam seguir o caminho do dinheiro, explica. Os acusados precisam responder por crimes de golpe de Estado e de abolição violenta do Poder, acusa. Assim como pela destruição do patrimônio público e às obras históricas de arte, pontua. Danos materiais e morais, ao Brasil Republicano, no século 21, com inelegibilidade, afastamento do serviço público, registra o Operador do Direito. Ele faz uma interpretação marxista da crise política e institucional no País.

Rubens Donizzeti

 

 

O pensador

Intelectuais públicos

Nada de perdão muito menos amnésia social

Renato Dias 

Os financiadores, mentores intelectuais, agentes de segurança pública e ativistas fascistas que colaboraram com os atos terroristas, em Brasília [DF], a capital da República, devem ser processados, julgados e condenados com o absoluto rigor da lei. É o que afirma o diretor de Jornalismo da ABI, Moacyr de Oliveira Filho. “Anistia, não!”

Moacyr de Oliveira

Sociólogo, mestre em História, com estudos em Cuba, o professor da Universidade de Gurupi, Paulo Henrique Costa Mattos, analisa que propor golpe de Estado, intervenção militar. Os responsáveis pelo Terror, a destruição do patrimônio público, o vandalismo com obras de arte, devem ser processados julgados e condenados, diz. Sem perdão nem amnésia.

Paulo Henrique _ escritor

Graduado em Letras, na UFG, e técnico em Informática, com formação enciclopédica e cultura humanista, Itamar Borges relata um flagrante delito fartamente documentado, na maioria dos envolvidos no ato, cumplicidade patente, ataca. Assim como com a incitação ostensiva e duradoura, vê.  “Coautoria por financiamento direto e autoria intelectual.”

Itamar Borges

Um golpe de Estado civil e militar em 2023, fracassado, e que exige uma punição exemplar para que jamais se repita no Brasil, propõe o professor de História Reinaldo de Assis Pantaleão. Com o absoluto respeito ao devido processo legal, ressalta. O direito à ampla defesa e ao contraditório, dispara. Não deve ficar impune à História , adverte.

Reinaldo Pantaleão
Reinaldo Pantaleão

Sociólogo, Guilherme Soares alerta que a responsabilização dos suspeitos é indispensável à democracia. Processados, direito à defesa e condenados, observa. O ensaio de golpe de Estado civil e militar no Brasil deve ser punido, sim, insiste. Jair Bolsonaro precisa responder por seus sucessivos crimes, frisa o cientista social.

Guilherme Soares

Historiador, adepto das ideias de Karl Marx, Leon Trotski, Ernest Mandel, Daniel Bensaid, Michael Lowi e João Machado, Fred Frazão diz que os acusados devem responder de acordo com a gravidade de seus atos. Os líderes e financiadores precisam de presos para não instruírem a Justiça, ele afirma. Anistia, como a de 1979, nunca mais, atira.

Fred Frazão

Um desfile de absurdos em nome de Jair Bolsonaro. É o que conceitua Fernando Silva Graduado e mestre na UFG em Sociologia, além de especialista em violência e direitos humanos, ele quer punição para militares e civis protagonistas e coadjuvantes. “Dura. O ex-presidente da República deveria, sim, ser extraditado, para julgamento e condenação”

Fernando Silva

Thelma Gomes, uma pedagoga com pós-graduação em Educação Especial, propõe processos e julgamentos aos acusados pelo capitólio à brasileira. Não é mais possível negligenciarmos, frisa. Novas tentativas de golpe de Estado civil e militar no Brasil podem ocorrer, acredita. Eles não irão parar, resume a professora da rede pública.

Thelma Gomes

Nada de Deus, Pátria, Família e Liberdade. O que move quem planeja e mesmo financia os chamados atos antidemocráticos no Brasil. O projeto é promover um golpe de Estado para voltar ao poder, interpreta o intelectual marxista Luís Celso. Ele aponta o dedo tanto para Jair Bolsonaro quanto para o general Augusto Heleno. “Acuso-os!”

Luís Celso

Ecos da crise para os liberais

 

Renato Dias 

O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás Jardel Sebba [PSDB] defende a legitimidade do que define como protestos pacíficos. Sem vandalismo, nem a destruição do patrimônio público e muito menos uma violência explícita, diz. É preciso separar o joio do trigo, frisa. De quem foi à Brasília [DF] com motivações democráticas e afasta-los dos terroristas que deixaram o Brasil, perplexo, observa o líder tucano. O ex-parlamentar afirma que o ministro do Alexandre de Moraes julga sem isenção.

Jardel Sebba

O advogado Luciano Almeida de Oliveira, com especialização na Escola Superior de Guerra [ESG], de princípios liberais, avalia que os ataques vis aos três poderes da República não podem ser classificados ou rotulados como terroristas. O operador do Direito recorre à História para informar que a Anistia é remédio eficaz em tempos de crise e de polarização política, ideológica e social. Jair Messias Bolsonaro iludiu, manipulou e induziu a erros os invasores, ele pontua. A anistia seria um ato de grandeza, acredita.

Luciano Almeida de Oliveira

O maior atentado à democracia no Brasil e um dos maiores do mundo. É o que resume o advogado, empresário, além de produtor rural Sebastião Peixoto. O liberal aponta Jair Bolsonaro como o responsável por jogar suspeitas em relação às urnas eletrônicas, ao resultado das eleições, pelos ataques. Ex-presidente da Agetul e do IMAS, ele admira Alexandre de Moraes. Suplente de vereador, aprova a queda de Ibaneis Rocha e condena a prisão de Anderson Torres, ex-ministro. Sem a necessidade, admite.

Sebastião Peixoto

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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