Psicóloga diagnostica silêncio no Planalto

Reduzida tolerância à frustração, Estado de Transe e um Transtorno Delírio Paranoide

Análise de Martha Dias
Renato Dias
Três semanas consecutivas sem trabalhar, nem aparecer em público, muito menos para já admitir a derrota política, ideológica e eleitoral e sequer cumprimentar o adversário vencedor. Adivinhou? É o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro [PL]. O que revela um egocrata com baixa, mínima, tolerância à frustração. A análise, fria, ácida, critica é da psicóloga Martha Dias.

O inquilino do Palácio do Planalto vive, hoje, um Estado de Transe. É o que analisa ainda a pesquisadora de Sigmund Freud. Uma adepta de Melanie Klein e leitora de Vladimir Safatle e de Christian Dunker. Os últimos dois integram o quadro de professores da Universidade de São Paulo. O temor de um tsunami de processos e condenações pode leva – lo a um Transtorno Delírio Paranóide

Marcia Tiburi observa que os bloqueios de BRs e rodovias e as manifestações nas portas dos quartéis constituem um delírio de massas, frisa. Um ritual similar aos das seitas, pontua. Já Marta Suplicy, psicóloga, avalia que Jair Bolsonaro é um psicopata, relata Sem empatia, vaidoso, cruel, não entende o sofrimento alheio, frisa Nem sente culpa ou remorso, compulsivo, atira.

O médico psiquiatra, denominado arquiteto da Psicanálise, Sigmund Freud, diz no livro ‘Psicologia das Massas’, já editado no Brasil, que as massas veem em um suposto líder carismático, autoritário, a imagem do pai protetor sob a sua infância. Psicanalista, Maria Rita Kehl reverbera a sua construção teórica, afirma. É o temor a um suposto desamparo, sublinha Martha Dias.
