EUA operaram em golpe, mortes e desaparecimentos
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É o que revelam documentos desclassificados pelo Arquivo de Segurança Nacional
Renato Dias
Documentos desclassificados pelo Arquivo de Segurança Nacional, dos Estados Unidos das Américas, apontam que a embaixada em Buenos Aires, a CIA, o FBI e o Departamento de Estado haviam sido informados, com semanas de antecedência, da conspiração aberta para a deflagração de um golpe de Estado civil e militar, em 24 de março de 1976, na Argentina. Com a deposição de Isabelita Perón. Viúva de Juan Perón. Morto em 1º de julho de 1974.
_ Washington compartilha a concepção de que o golpe de Estado é ‘inevitável’
O general do Exército da Argentina, Jorge Rafael Vídela, era o responsável pelo estabelecimento de contatos com os diplomatas e agentes de Estado dos EUA. A ideia inicial teria sido a de obter uma posição oficial se haveria ou não o reconhecimento imediato da Casa Branca, a White House, ao novo governo do País. Os dossiês apontam que os EUA foram, sim, informados de que ocorreria grave violência aos direitos humanos e a admitiam como a ‘única saída’.
_ Para o ‘caos’.
As pastas, digitalizadas, incluem milhões de documentos oficiais. Dos anos de 1975 a 1984. Do Departamento de Estado, Departamento de Defesa, Departamento de Justiça, FBI, CIA e agências. Os EUA queriam saber, mais de 30 dias antes do planejado golpe de Estado civil e militar, se o general Jorge Rafael Vídela teria perfil moderado. O embaixador dos EUA em Buenos Aires, Robert Hill, relata que Emílio Massera lhe acionara. Para conversa reservada
O secretário de Estado, Henry Kissinger, que atuara na queda do médico marxista, Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, sob o golpe de Estado civil e militar executado por Augusto Pinochet, com participação estratégica do Brasil, pelas intervenções de Emílio Garrastazu Médici e Antônio da Câmara Canto, foi acionado. Para se reunir com o núcleo duro. Das Forças Armadas. Antes de 24 de março do ano de 1976. O encontro não ocorreu.
Informes reservados
Informes reservados do FBI e do Departamento de Defesa registram que o diretor da Agênciade Inteligência de Defesa, tenente general Daniel O. Grahan, e o senador da República, de linhagem conservadora, autoritária, Jesse Helmsy, teriam desembarcado, em Buenos Aires. Doze dias antes do golpe de Estado. Civil e militar. Em 12 de março de 1976. A Argentina necessita dos EUA, diz no documento desclassificado Robert Hill, embaixador dos EUA à época