Luiz Felipe vê capital com olhos de Harvey e Trotski
Desconstrução de narrativa
Luiz Felipe vê capital com
olhos de Harvey e Trotski
Arquiteto e urbanista explica como o Capital se apodera das cidades nas periferias do capitalismo, como Brasil, Goiás e Goiânia, sem consolidar o direito inalienável à moradia
‘A cidade e a propriedade
devem exercer funções sociais
Luiz Felipe
Arquiteto e urbanista trotskista
Podcast
Renato Dias
Com referência em David Harvey, ícone da Geografia Humana Contemporânea, fundada no materialismo histórico e dialético de Karl Marx [1818-1883], conceitos que desmontam a narrativa neoliberal, hegemônica sob o Brasil de Jair Bolsonaro, e nas ideias de Liev Davidovich Bronstein, ‘nom de guerre’ Leon Trotsky [1879-1940], líder da revolução de 25 de outubro ou 7 de novembro de 1917, o arquiteto e urbanista Luiz Felipe, indicado vice do Psol [Partido Socialismo e Liberdade], na eleição à Prefeitura de Goiânia, em 15 de novembro de 2020, quer a reinvenção da cidade. Fundada em 1933. Por Pedro Ludovico Teixeira. Interventor de Getúlio Vargas. Pós-revolução de outubro. De 1930. Marcada por desigualdades econômicas e sociais. Heranças do escravismo colonial. Da cultura patrimonialista. Com restos da ditadura de 1964.
_ Civil e militar. Uma noite que durou 21 anos.
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Criada em 2004, por dissidentes à esquerda do PT, como Luciana Genro [RS] e João Machado [SP], a legenda, de esquerda no espectro político nacional, lança, ao Paço Municipal, a professora Hemanuelle Jacob. Uma trotskista antirracista, feminista, antifascista, socialista. O projeto é obter capilaridade social, chegar ao segundo turno das eleições e conquistar, pela primeira vez, na Capital, as eleições. Com uma expressiva bancada na Câmara Municipal. Para garantir a sustentabilidade da gestão, que caso seja eleita, será marcada por reformas e revoluções. Tanto na área política, quanto administrativa, assim como social, econômica e cultural. O Psol projeta ganhar as eleições à Prefeitura de São Paulo. A maior metrópole. Da América Latina. Centro nevrálgico do capitalismo tardio e dependente do Brasil continental.
_ Com Guilherme Boulos e Luiza Erundina.
É preciso desconstruir a narrativa oficial, informa. Como a arquitetura Art Déco de Goiânia, pontua. Attílio Correia Lima, em Paris, manteve contato com o modernismo de Le Corbisier, ele explica. Goiânia seria o novo e a modernidade, produto da Marcha Para o Oeste, frisa. A cidade é marcada, desde o início, pela relação promíscua entre o público e o privado, dispara. Com o loteamento para a especulação imobiliária, insiste. Iris Rezende faz parte do projeto, sublinha. É a exclusão da população de baixa renda, além do processo de urbanização com a finalidade de beneficiar o mercado imobiliário, diz. Uma relação entre a expansão das periferias e a criação de vazios urbanos, destaca. A terra, a área urbana, conferida pela Constituição Federal, a Carta Magna, promulgada em 5 de outubro de 1988, possui uma função social, atira.
_ O legado de Leon Trotski, 80 anos após a sua morte, é o da revolução permanente, da democracia, e admiro as ideias do socialismo emancipatório e internacionalista de Ernest Mandel, marxista belga. De linhagem trotskista.
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Saiba mais
Números
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2004
Ano de
fundação
do Psol
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15
De novembro.
Primeiro turno.
Das eleições
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29
De novembro.
Segundo turno.
Das eleições
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29
Anos. É a
idade de
Luiz Felipe
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A Internacional