Tempo seco e a visão
Tempo seco e a visão
Humberto Borges
Oftalmologista
Com o tempo seco e a baixa umidade do ar, em torno de 22% em Goiás, os alertas aumentam e os consultórios médicos estão recebendo , todos os dias , mais pacientes com problemas alérgicos, de pele e oftalmológicos. Uma das enfermidades que se agravam nessa estação é a síndrome do olho seco, ocasionada por uma combinação de fatores. Quem já é propenso a alergias (rinites, sinusites e dermatites de contato, por exemplo) deve ficar atento.
O clima seco resulta na menor lubrificação dos olhos, dobrando o número de pacientes que chegam aos consultórios com sintomas como coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento, queimação, fotofobia e visão borrada, típicos da síndrome do olho seco, alergia ocular ou conjuntivite. Usuários de lentes de contato, idosos, mulheres (principalmente após a menopausa) e pessoas que trabalham em frente ao computador são mais vulneráveis ao olho seco.
Poder de lubrificação
O poder de lubrificação do olho diminui no outono. Por isso, aparece um número maior de pacientes com olho seco nessa época. Mas é claro que existem pessoas com maior ou menor predisposição a desenvolver a doença. Para evitar esse tipo de problema, eu explico aos meus pacientes que o ideal é manter a lubrificação ocular, feita com o uso de colírios próprios.
Sempre é bom procurar o oftalmologista, porque existem vários tipos de colírio, alguns para olho moderado, outros para muito secos, e lágrimas artificiais. Outro cuidado é a limpeza diária. Da mesma forma que chegamos da rua e lavamos as mãos, devemos limpar a região ocular. Usar soro fisiológico ou mesmo uma água mineral sem gás, dentro dos olhos remove poluentes acumulados. Fique de olho!