80 anos depois A atualidade de Leon Trotski sob a escalada fascista global
80 anos depois A atualidade de Leon Trotski sob a escalada fascista global
Liev Davidovich Bronstein diz que é fundamental esmagar os conservadores golpistas
Renato Dias
Fascismo na Hungria. A escalada conservadora na Polônia. A ausência de democracia na Índia. Donald Trump no poder na Casa Branca. Jair Messias Bolsonaro, miliciano, como inquilino do Palácio do Planalto. O crescimento da extrema-direita. Tanto na França quanto na Alemanha. Liev Davidovich Bronstein, nascido em 7 de novembro de 1879, em Yanovka, Ucrânia, líder da revolução socialista, de 26 de outubro ou 7 de novembro de 1917, na Rússia, deu a receita: esmagá-lo. O caminho é atual. Em pleno século 21. Ano de 2020. É que o revolucionário, codinome Leon Trotski, morreu dia 21 de agosto de 1940, aos 60 anos de idade. Exilado. Um golpe de piolet, uma espécie de picareta de alpinismo, desferido no seu crânio. Assim o agente a serviço do Kremlin, Jaime Ramón Mercader del Río, nascido em Barcelona, 1913, filho de uma cubana, Caridad del Río, assassinou um dos intelectuais mais refinados de linhagem marxista.
Ideólogo da revolução permanente. Ele exorcizava o projeto de construção do socialismo em um só País. Trata-se de um defensor do internacionalismo proletário. Da arte insubmissa e independente. O homem que fundou o Exército Vermelho. O EV derrotou o nazismo e o fascismo. Na segunda guerra mundial. De 1939 a 1945. Comandante-em-chefe, com seus óculos redondos, derrotou, na guerra civil, de 1918 a 1921, a reação conservadora. O líder socialista celebrou, com a anuência de Vladimir Ilich Ulianov, ‘nom de guerre’ Lênin, advogado de classe média e dono de um indefectível cavanhaque, o acordo e a paz de Brest-Litovsk. Já em 1923 denunciava os desvios do projeto original bolchevique. Executados pelo ex-seminarista, poeta medíocre, que detestava Ossip Mandelstam, nascido na Geórgia, o bigodudo Ióssif Vissarionovich Djugatchivilli, que entrou para a História como o paranoico e genocida Josep Stálin.
Professor doutor da Universidade Federal de Goiás, Fernando Lacerda afirma que Leon Trotski protagonizou momentos decisivos na história do século XX sem abrir mão de sua luta contra a ameaça fascista e o capitalismo. Pela construção de um mundo novo, pontua o pesquisador. Sem exploração nem opressão, registra. O socialismo,
anuncia. O preço que pagou foi caro, informa. Os seus familiares e camaradas de armas foram presos, torturados e executados, a sangue frio, a mando de Josep Stálin, dispara. É um exemplo de luta que deve inspirar e não naturalizar a morte de 107 mil pessoas, como no Brasil, pela Pandemia do Coronavírus Covid 19 com a complacência do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, vocifera. O ‘Bolsonarismo’ e o mercado que querem destruir direitos e provocar a morte de milhares de trabalhadores no país de dimensões continentais, lamenta o escritor e docente da UFG.
Alcilene Cavalcante, doutora da Faculdade de História da UFG, relata, com exclusividade, que o que lhe impressionou, aos 14 anos de idade, não teria sido entrar em contato com as críticas contundentes e até visionárias do velho camarada de Lênin e de Isaac Deustcher. O conceito de Revolução Permanente capturou-me, recorda-se.
O que possui ressonância, hoje, em 2020, insiste. Sob o lema ‘A luta, a luta é todo dia’, discursa. Em tom de emoção. Além disso, ter conhecido a casa do líder soviético banido, na Cidade do México, de 1º de janeiro de 1937 a 21 de agosto de 1940, onde passou o exílio e foi morto perversamente a mando do genocida soviético, causou-me a certeza de que Liev Davidovich Bronstein não parou de lutar, analisa. Pelas ideias da revolução socialista internacionalista e permanente, metralha a professora bela, cult e gauche, em Tempos Sombrios de fascismo no Brasil. “Mesmo em cenário adverso”.
A revolução socialista mundial é a única saída contra a barbárie do capitalismo. É o que pregava Leon Trotski, pontua Thieplo Bertola.
É a única
esperança de libertação da humanidade, fuzila. Para que os seres humanos possam viver em liberdade, na plenitude de seus potenciais criativos, crê o ativista da FCT. Sem exploração do homem pelo homem, sublinha. Nem uma relação predatória e devastadora com a natureza e o Planeta Terra, conta. A importância de Liev Davidovich Bronstein, como intelectual e revolucionário, é inegável, calcula o professor de História
Reinaldo Pantaleão. Tanto que Trotski ficou na História, avalia. Leon Trotski é um dos personagens emblemáticos da História do movimento socialista mundial e Josep Stálin parou na lata de lixo da humanidade, aponta o professor de São Paulo, marxista, Heitor Cláudio.
Band leader do movimento rojo Combate Pelo Socialismo. Herdeiro de Stéphane Just.
Frederico Zapelloni, livreiro de São Paulo, um ativista ligado aos trotskistas argentinos, é taxativo: o ‘velho’ resgata o programa a e tradição de Karl Marx [1818-1883]. O stalinismo é a comtrarrevolução, destaca.
A extinção do Komintern, a 3ª Internacional fundada em 1919, é o exemplo crasso para acalmar os mercados e os imperialismos, relata. Política e governo criminosos, ele denuncia. Leon Trotski era o herdeiro natural de Lênin na Rússia e União Soviética, narra o historiador e jornalista Frederico Victor de Oliveira.
O internacionalismo proletário é o seu principal legado, anota. Leon Trotski venceu, profetiza o expert em geopolítica mundial. Jornalista, de Brasília, da Telesur, Beto Almeida,
internacionalista, lembra que o profeta armado, desarmado e banido fez uma previsão de que, se a URSS não promovesse a Revolução Política contra a degenerescência burocrática, a pátria do socialismo se desmoronaria. O que ocorreu, em 25 de dezembro de 1991, com o anúncio fúnebre do secretário-geral e chefe de Estado, Mikhail Gorbatchev. Em tempo. O leste europeu caiu como efeito dominó.
Podcast
De Beto Almeida
Jornalista de Brasilía Da Telesur
Historia de Trotski por Debora Aladin
Saiba mais
Lives lembram
80 anos sem Trotski
Renato Dias
O ex-operário metalúrgico José Maria de Almeida informa que a Liga Internacional dos Trabalhadores, a LIT, – Quarta Internacional – realizará nesta sexta-feira, 21
[row]
[column size=’1/2′]
[/column]
[column size=’1/2′]
[/column]
[/row]
de agosto de 2020, às 19h, um ato virtual, pela rede mundial de computadores, para reverenciar o legado político do revolucionário nascido em 7 de novembro de 1879 e morto em 21 de agosto de 1940, no México. O fórum online _ 80 anos sem Trotsky _ será no canal do www.youtube.com/PortaldoPstu.com as participações de Bernardo Cerdeira e Vera Lúcia, do Brasil; Demian Romero e Daniel Ruiz, da Argentina; Maria Rivera, Chile; Jéssica Barquero, Costa Rica. O encontro pela internet terá apresentações de May Madhoun, Espanha; e Weller Gonçalves, também do Brasil. O historiador Valério Arcary, marxista, abre, nesta quinta-feira, 20 de agosto, às 18h, o ato-live Trotsky 80. Com Nericilda Rocha, Juliana Bimbi, Luciano Barbosa, José Miranda. Canal do www.youtube.com/esquerdaonline e no www.esquerdaonline.com.br