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Lágrimas a Vital Nolasco

Lágrimas caindo

O último adeus

Ex-JOC, ex-AP, operário de Contagem, ex-presidente e vereador do PC do B morre aos 75

 

Renato Dias

Adepto das ideias de Karl Marx, Friedrich Engels e de Vladimir Ilich Ulianov Lenin, Vital Nolasco morreu nesta quarta-feira, 19 de janeiro de 2022. Aos 75 anos de idade. Causa mortis: enfisema pulmonar. Em São Paulo.

Karl Marx e Friedrich Engels
Karl Marx e Friedrich Engels

Nascido em 1946, na cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, ele participou da histórica greve de Contagem [MG], ocorrida em 1968. Sob a ditadura civil e militar no Brasil. Com uma repressão violenta.

A greve de Contagem [MG], em 1968
Com passagem pela Juventude Operária Católica, a JOC, integrou – se à Ação Popular. A AP foi incorporada ao PC do B, em 1972. Clandestinidade absoluta. O ativista comunista ‘caiu’, foi preso e alvo de torturas.

A ditadura civil e militar no Brasil

Integrante do Movimento contra a Carestia e membro do Sindicato dos Metalúrgicos, Vital Nolasco elegeu-se vereador. Para dois mandatos consecutivos.  Legislaturas dos anos de 1988_1992 e 1993_1997.

Líder da África do Sul

É de sua autoria a lei municipal que criou o “passe livre” para trabalhadores desempregados. O mandato realizou solenidade com a presença do líder da África do Sul, Nelson Mandela. Um ato histórico.

Vital Nolasco e Nelson Mandela

O band leader exerceu os cargos de presidente do PC do B, em São Paulo [1997], secretário nacional de Movimentos Sociais [1997-2003], Finanças [2003-2013], além de secretário do Movimento Sindical [2015-2021].

Vital Nolasco _ Biografia

“Vale a Pena Lutar – Minha Vida na Ação Popular [AP] e no Partido Comunista do Brasil [PCdoB]” é o título de sua biografia. O autor é o jornalista e blogueiro gauche Osvaldo Bertolino. Um quadro da legenda.

A luta de Vital Nolasco continua no Brasil e no mundo

Depoimento

Diva Santana

Ao longo da minha militância tive várias vezes com o Vital Nolasco, quer seja na organização partidária na clandestinidade e após, nas reuniões em que eu participava com familiares, a camarada Elza Monerat, de todas e quando terminava, sempre o João Amazonas e o Vital Nolasco, nos aguardavam.

Nas operações de buscas de informações sobre os locais de sepultamento dos guerrilheiros junto aos familiares. Assim, conheci o Vital Nolasco, sempre muito carinhoso e compreensível com as dores das famílias e sua integridade enquanto comunista. Um cara muito leal e comprometido com o avanço desse nosso país e do seu povo.

Lamento muitíssimo a sua morte, mas, lembrando da frase de um pensador que não lembro o nome repito. ” Quem é lembrado não morre”. Vital Nolasco presente, sempre!

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