A escalada da guerra
Renato Dias
Sionista, o Estado de Israel, sob guerra de destruição assimétrica, na Palestina [Faixa de Gaza, Rafah e Cisjordânia], já contabiliza 42 mil mortes. Com 17 mil crianças na lista de óbitos. Crimes de Lesa-Humanidade. Primeiro-ministro do País, Benjamin Netanyahu não para.
O número de feridos no conflito com 12 meses de ataques possui 97 mil palestinos feridos. As amputações atingem 3.500. Os órfãos multiplicam-se. A tragédia humanitária chega a um patamar obsceno. Com a anuência da Casa Branca. Apesar do veto da ONU.
A fome é uma das perversas armas de guerra que Israel usa no conflito. A insegurança alimentar sufoca 50 mil crianças. Em estágio avançado de desnutrição aguda. Mais: as Forças de Ocupação bloqueiam 83% da ajuda humanitária global à Palestina destruída.
Israel despejou 70 mil toneladas de bombas no território ocupado. Veja: 67% da rede de infraestrutura, água e saneamento básico ruíram e 90% das escolas e universidades viraram escombros. Mais: até hospitais e também mesquitas foram atacados.
O brutal processo de deslocamento interno envolve 90% da população na Faixa de Gaza e em Rafah. Colonos ultraortodoxos judeus expulsam com violência os palestinos da Cisjordânia. Em uma flagrante violação do Direito Internacional e dos Direitos Humanos.
O Líbano, alvo da mira da indústria de guerra de Israel, relata duas mil mortes. Dados que incluem crianças e mulheres, 1.400.000 deslocados forçados internos e 400.000 habitantes em fuga com medo à Síria. País sob a mira da fúria insana. Israel promete retaliação à Teerã.
Panorama explosivo
Por um cessar-fogo imediato
O panorama, hoje, é explosivo, admite o professor de História Reinaldo Pantaleão. EUA apoiam o Estado de Israel e China, ele diz. China e Rússia fazem de conta que não possuem ligações com a guerra, alfineta o pesquisador marxista.
Mais: a destruição em 2023 e 2024 da Palestina, os bombardeios contra o Líbano, os ataques ao Irã e Síria, hoje, empurram o Oriente Médio à uma guerra regional, analisa o historiador adepto das ideias de Leon Trotski, Fred Frazão.
O regime Sionista [Israel] quer quebrar o Hezbollah, o elo mais forte do eixo de resistência alinhado à Teerã na região, explica o intelectual público. É urgente a necessidade de celebração de um cessar-fogo, afirma ele indignado.
Solidariedade internacional
Betty Almeida
Há 76 anos o sionismo aproveitou-se da consciência culpada da Europa pós-Holocausto e com a conivência da Inglaterra e da ONU ocupou a terra Palestina expulsando e massacrando seus habitantes. O mundo só se manifesta quando há invasões e massacres atrozes demais. Agora os sionistas dizem, sem nenhum pudor, que querem criar a tal Heretz Israel, uma ficção bíblica e continuam o massacre. Só a solidariedade internacional pode ajudar o povo palestino. Israel quer a todo custo provocar uma guerra de grandes proporções, talvez atômica, no Oeste da Ásia, para arrasar tudo, matar todas as pessoas que eles julgam inferiores e ocupar a região. França e Estados Unidos proíbem protestos e reprimem manifestantes pró-Palestina. A imprensa mundial alega esse curioso “direito de defesa” de Israel, que permite o massacre de crianças (Herodes coraria diante de Netanyahu). Dirigentes sionistas já declararam que precisam matar crianças para que não cresçam e se tornem combatentes no futuro. Aqui no Brasil uma deputada da Paraíba faz declarações na Câmara Federal sobre as “atrocidades” do Hamas. E a televisão passa uma novela sobre o povo de Israel atacado pelos implacáveis filisteus. Os filisteus, para quem não prestou atenção, são os filistins, ou palestinos. Repito, só a solidariedade internacional pode brecar o sionismo genocida e salvar o povo palestino. Que as vozes pela Palestina não se calem, e não parem de ser ouvidas! A ideia de Israel é que é um povo superior e a ele são permitidas todas as atrocidades possíveis, pois são “eleitos de Deus”. Isto está na Bíblia, que é um relato de traições, ignomínias, crimes, massacres e vinganças cruéis do “povo eleito “. O novo testamento traz a ideia de fraternidade e amor entre os seres humanos, mas isto é ignorado pelos supremacistas religiosos e pelos sionistas, que atualmente, com essa história de “reféns”, conquistaram o apoio dos israelenses, que concordam com o Holocausto Palestino.