Produção de provas robustas
Renato Dias
Ainda no cargo de presidente da República, Jair Messias Bolsonaro [PL] conspirou para a tentativa de abolição violenta do Estado de Direito com uma ruptura institucional no Brasil. É o que revelam trechos especiais dos depoimentos dos generais do Exército Brasileiro [EB] Marco Antônio Freire Gomes, Estevam Cals Theophilo Gaspar e tenente brigadeiro da Aeronáutica Carlos Baptista Jr. à PF, sob a “Operação Tempus Veritatis.”
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, revelou que a minuta do golpe de Estado civil e militar, com a previsão do Decreto do Estado de Sítio e a GLO, foi examinada e alterada, até chegar à versão final. Documento encontrado com Anderson Torres, na sede do Partido Liberal [PL], em Brasília [DF], e mesmo no próprio celular do oficial que assinou a colaboração premiada com o aval do Supremo Tribunal Federal.
Mais: o texto jurídico previa intervenção autoritária no TSE, a prisão do presidente da corte, Alexandre de Moraes, a anulação das eleições à presidência da República, com o afastamento de Luiz Inácio Lula da Silva e a realização de um novo pleito. Para a volta ao poder de Jair Messias Bolsonaro. A tentativa de 8 de janeiro de 2023 fracassou. A PF concluirá o relatório e o enviará à PGR. Para oferecimento da denúncia. Ao STF.
As investigações referentes ao desvio das joias da União, às mortes sob a Pandemia do Coronavírus Covid 19, à falsificação dos cartões de vacinas, à disseminação de Fake News e ao escândalo das operações da Abin paralela continuam em andamento e diligências e mantidas em sigilo. O STF abriu inquéritos. Não há prazo definido para a conclusão dos trabalhos de produção de provas robustas para a denúncia formal.