Texto – Leo Razuk

Fotos – Wesley Menezes

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Preocupada com as falhas do Plano Diretor de Goiânia, em relação às questões ambientais e de moradia popular, a vereadora Kátia Maria (PT) promoveu, ontem, na Câmara Municipal, audiência pública para debater e repensar a lei aprovada em outubro do ano passado. A audiência contou com a participação da professora da UFG Celene Barreira, coordenadora do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana; da assessora de relações institucionais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO), Maria Ester de Souza; do engenheiro Antônio de Pádua, assessor institucional do Conselho de Engenharia (Crea-GO); do vereador Paulo Magalhães (UB), do deputado estadual Mauro Rubem (PT) e do procurador-geral do Município Marcos Aurélio Egídio, representando a Prefeitura de Goiânia.

“Precisamos rever, como muita urgência, os pontos frágeis desse Plano Diretor”, destaca a vereadora. “Temos de repensar a questão das áreas de preservação permanente, da drenagem urbana, das obras de infraestrutura e outros pontos para que, assim como foi feito no IPTU, que aprovaram, reconheceram o erro e corrigiram, seja feito o mesmo com esse Plano Diretor”, comenta Kátia. Os estragos causados pelos recentes alagamentos e quedas de árvores em Goiânia, que provocaram vítimas e até morte, são apontados pela vereadora como exemplo dos problemas que podem ser agravados com o atual Plano Diretor. “Vivemos um momento em que as mudanças climáticas são cada vez mais severas e o nosso Plano Diretor, ao invés de contribuir para amenizar, colabora para agravar essa situação, adensando áreas e prejudicando áreas de preservação”, afirma Kátia Maria.

´Com a tendência de agravar a crise climática em Goiânia

Kátia Maria

“Temos um Plano Diretor que irá piorar a crise climática em Goiânia”, completa. Para a vereadora, aperfeiçoar pontos em relação às áreas de preservação permanente é fundamental. “O Plano estipula que são necessárias as preservações das nascentes, mas não apresenta sequer um mapa de onde estão essas nascentes”, alerta. Na audiência, as preocupações da vereadora foram reforçadas pelos representantes das entidades de arquitetura e engenharia presentes e pela professora Celene Barreira, da UFG. “Esse Plano Diretor, como foi aprovado, é bastante preocupante, mas ainda é possível fazer correções e temos de buscar esses ajustes dentro do prazo legal para evitar maiores estragos em nossa cidade”, afirma a professora.

´É possível fazer correções e temos de buscar esses ajustes dentro do prazo legal

Celene Bezerra, professora da UFG

“Queremos sensibilizar as pessoas da importância de revermos esse Plano Diretor”, ressalta Kátia. “Se a árvore cai com a chuva, se as ruas alagam, se a casa inunda, isso é Plano Diretor. Se falta água na torneira na época da seca, isso é Plano Diretor. Temos de mostrar para a população que esse Plano tem falhas graves e que vão impactar na qualidade de vida das pessoas e isso precisa ser corrigido. Essa audiência é um primeiro passo nesse sentido”, disparou a vereadora.

´O Plano tem falhas graves e que vão impactar na qualidade de vida das pessoas

Kátia Maria