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Golpe: baderna nas BRs e Rodovias

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Caminhoneiros denunciam

Jair Bolsonaro – Crédito: Isto é

A farsa da extrema-direita 

Renato Dias 

A paralisação em BRs e rodovias do Brasil é parcial, não possui pauta de reivindicações ao Governo Federal, nem representa a ampla categoria de caminhoneiros. É o que afirma com exclusividade ao Portal de Notícias www.renatodias.online o advogado com ação nacional, especialista em Direito do Trabalho, Rubens Donizzeti

A motivação é política e eleitoral e de contestação do resultado das urnas de domingo

Rubens Donizetti

A extrema-direita, de linhagem fascista, quer criar, hoje, o clima para o derrotado no primeiro e segundo turnos das eleições presidenciais de 2022 acionar o vil artigo inconstitucional da Carta Magna n°142, da suposta Lei da Garantia e da Ordem, para a intervenção das Forças Armadas, no cenário político e rasgar a democracia no País.

 

 

 

Mobilizar nas ruas contra

os bloqueios bolsonaristas

Chamamos o PT, as centrais, os sindicatos e movimentos sociais  mobilizarem os trabalhadores e ainda organizarem a autodefesa

Poucas horas após anunciada a derrota de Bolsonaro no 2º turno destas eleições, militantes bolsonaristas começaram a obstruir rodovias país afora. No início da tarde desta terça-feira, 1, havia ainda 267 pontos de bloqueios em 23 estados, mesmo após o anúncio do desbloqueio de 421 focos. Movendo caminhoneiros, especialmente das empresas e frotas do agronegócio que, junto com comerciantes, financiam as ações e essa militância de ultradireita, os bloqueios contestam o resultado das eleições e exigem intervenção militar para manter Bolsonaro no poder. Ou seja, golpe militar. O silêncio do presidente derrotado é um sinal verde para as ações em prol das ameaças golpistas do bolsonarismo.

Inúmeros vídeos que circulam pelas redes sociais mostram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e policiais militares não só não reprimindo o bloqueio de estradas, mas se confraternizando e, em alguns casos, até insuflando os manifestantes a permanecerem mobilizados. As poucas desobstruções que ocorreram até o momento, como do acesso ao aeroporto Guarulhos, foram realizadas pela Guarda Municipal. Isso ocorre mesmo após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ter determinado a imediata ação da PRF para o fim dos bloqueios, sob pena de multa e até prisão em flagrante do diretor-geral da instituição, o bolsonarista Silvinei Vasques. É a segunda ameaça de prisão de Vasques em menos de 48h, já que no domingo, em plena eleição, o diretor foi instado a parar as operações que impediam ou atrasavam a chegada de eleitores nos locais de votação, sobretudo no Nordeste.

Ministro do STF, Alexandre de Moraes

Provocação golpista

Não restam dúvidas que, longe de ações espontâneas ou sem líderes como querem fazer parecer, tratam-se de manifestações e de ameaças golpistas orquestradas. Não há condições ou correlação de forças para que Bolsonaro imponha um golpe neste momento, não reconhecer sua derrota nas urnas e impedir a posse de Lula. Mas ele quer manter e aprofundar o questionamento do resultado eleitoral, e seguir organizando e mobilizando ameaças golpistas.  Além do objetivo de demonstrar força e o apoio em setores armados militares (como parte da PRF, PM e mesmo as Forças Armadas), e paramilitares.

Os generais de Jair Bolsonaro

Diante disso, a posição do PT, de ignorar e, no máximo, cobrar das instituições um posicionamento, ajuda a levar água no moinho do bolsonarismo. A atuação criminosa da PRF de Vasques no domingo das eleições, atentando contra a liberdade democrática de votar, e agora bloqueando estradas, com ameaças de lockout contra o reconhecimento do resultado eleitoral, abrem um grave precedente, e são um sinal verde para seguir com ameaças e possibilidade de preparação de ações golpistas no futuro. Não se pode fiar e deixar meramente nas mãos da institucionalidade burguesa dar um fim a tais ameaças e coibi-la. Basta ver que o chefe da PRF, que não obedeceu ao TSE no domingo, continuou ajudando os bolsonaristas a bloquearem estradas e segue livre e solto.

É necessário mobilizar e organizar a classe operária, trabalhadora e os setores populares. É necessário que as organizações operárias e populares organizem a reação a esta ação de bloqueio de estradas, mas não só, precisamos estar organizados e preparados para, através da autodefesa, impedir novas ameaças e derrotá-las. Estão corretos a CSP-Conlutas e os sindicatos e movimentos ligados a ela, e outros setores   que anunciam iniciativas, convocando reunião unificada dos movimentos nas regiões para reagir a essa provocação.

Prisão já dos comandantes bolsonaristas golpistas

O diretor-geral da PRF deve ser preso imediatamente, assim como os comandos das forças de segurança pública que demonstraram apoio aos atos golpistas. Da mesma forma, deve-se exigir investigação e punição exemplar de Bolsonaro e sua família tanto em relação às denúncias criminais que pesam sobre os mesmos; como sobre sua participação nessa ação orquestrada.

Às ruas: mobilização e autodefesa contra a ultradireita

A ação dos trabalhadores dos estaleiros da Brasfels, que desinterditaram à força a BR Rio-Santos é, assim, um verdadeiro exemplo de como devem atuar a classe trabalhadora e o povo pobre diante dessas manifestações contra o resultado eleitoral e em defesa de uma ditadura militar. Assim como a população de comunidades que, da mesma forma, destruíram barricadas bolsonaristas. É preciso ir às ruas e avançar na organização, mobilização e autodefesa da classe e do povo pobre. Tanto para garantir a saída em definitivo de Bolsonaro, debelando os bloqueios e manifestações por golpe militar onde for possível, como para se preparar para futuros embates contra a ultradireita.

José Maria de Almeida

 

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