Justiça de transição, regulação liberal da mídia, reformas agrária e urbana, fim da fome, Brasil sem racismo e violência, nem ódio à democracia, com a preservação dos biomas, taxação das fortunas dos bilionários, direitos humanos, educação e saúde
Renato Dias
Civilização ou barbárie. É o que está em disputa. A devastação em alta voltagem da Amazônia põe em risco a vida no Planeta Terra. A destruição da floresta, a grilagem de terras, o garimpo e pesca ilegais, a contaminação dos rios com mercúrio e a ocupação de áreas indígenas constituem ataques aos povos originários, ribeirinhos e quilombolas. Ao pulmão da humanidade.
700 mil mortes sob a Pandemia. 300 mil óbitos subnotificados?
Pandemia sob Jair Bolsonaro
A Pandemia deixou um saldo trágico. Com 700 mil mortes. A OMS não descarta subnotificação de óbitos na ordem de mais 300 mil. O Brasil possui 5.700 municípios, 26 Estados e mais o Distrito Federal. Com uma população de 213 mi de habitantes. O estímulo à aglomeração, além do não distanciamento social e ao uso de máscaras contribuíram para o caos na saúde.
Desmonte, desnacionalização, crise, recessão e inflação
Economia em recessão
O desmonte na economia, com voraz apetite às privatizações e à desnacionalização, fez o País sair do ranking mundial de 5° potência econômica para a 13°, à frente apenas da autocracia da Rússia. Em guerra, hoje, com a Ucrânia, a OTAN e os EUA. O número de miseráveis é de 33 mi. Mais: a insegurança alimentar atinge 125 mi e 900 mil pessoas. Indicadores do neoliberalismo em vigência.
Desmatamento da Amazônia, aquecimento global e prejuízo
Desmatamento da Amazônia
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas [FGV] aponta que do ano de 2019 a 2022, o total destruído da floresta amazônica deverá chegar a 49 mil quilômetros quadrados. O que corresponde a um acréscimo de 125% na comparação aos anos entre 2011 e 2014. Veja: o prejuízo econômico para o mundo globalizado é estratosférico: de 1,18 trilhão de dólares. O aquecimento global assombra.
Palácio do Planalto venera a ditadura civil e militar
Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra
Tardia e incompleta, a Justiça de Transição, que investiga, abre processos, julga, pune, faz reparações histórica, econômica, além de simbólica, sofreu revezes de 2019 a 2022. O que impede a consolidação efetiva, plena, da democracia sob o século 21. Um País longe da memória, verdade e justiça. A ditadura civil e militar no Brasil [1964-1985] é o farol para o Palácio do Planalto.
A violência no campo explode de 2019 a 2022 no Brasil
Trabalho análogo à escravidão no Brasil
Levantamento da Comissão Pastoral da Terra [CPT] diz que de 2019 a 2021 foram registrados 4.078 episódios de conflitos no campo. Número que supera os registros de mandatos presidenciais anteriores. Desde a redemocratização. Um fator que explica a violência é a agromilícia. Os pistoleiros sob encomenda para atacar indígenas, sem terras, assentados, ribeirinhos, quilombolas.
Racismo estrutural é herança da Casa Grande e Senzala
Racismo no Brasil
Uma herança da Casa Grande e Senzala. É o racismo estrutural. Brasil e Portugal devem pedir perdão à África pelos três séculos de escravidão e indenizar os afrodescendentes. Com a distribuição de renda, terra, acesso à educação, ciência, cultura, saúde, poder e direitos. A intolerância religiosa deve acabar. Contra os credos de matriz afro-brasileira. Os caminhos: ensino, trabalho, cidadania.
A mulher como alvo. Misoginia, sexismo, violência
Marielle Franco, morta em 2018
A mulher como alvo. É o que mostra a Agência Patrícia Galvão [2020]. Trinta mulheres sofrem agressão física por hora. Uma mulher é vítima de estupro a cada 10 minutos. Três mulheres são vítimas de feminicídio a cada um dia . Uma travesti ou mulher trans é assassinada no país a cada dois dias. Assim como 90% das mulheres declaram ter medo de violência sexual.
Superfaturamento, 107 imóveis, Exército, rachadinhas, depósito em cheque
Clã de Jair Messias Bolsonaro
A corrupção em pauta. A aquisição de 107 imóveis. Com 51 pagos em dinheiro vivo. Longe do Coaf. Superfaturamento nas compras do Exército Brasileiro. O escândalo das propinas por vacinas e respiradores. O inquérito das rachadinhas. Os depósitos de Fabrício Queiroz. As acusações de ligações com as milícias. A milícia matou Marielle Franco. Um crime ainda sem castigo.
Ameaças de golpe de Estado civil e militar e ataques ao STF e TSE
Jair Messias Bolsonaro em 7 de setembro de 2021
Uma, duas, três, quatro ameaças de golpe de Estado civil e militar. Ataques sucessivos ao STF e TSE. Agressões à jornalistas e um tsunami de Fake News fabricado pelo vil Gabinete do Ódio. Para manipular a opinião pública. A economia em crise, milhões de desempregados e no mercado de trabalho informal. Nada de aumento real do salário mínimo. Um uso pornográfico eleitoral do Estado.
Pintou um clima, Fábio Farias, Roberto Jefferson, Paraisópolis e Carla Zambelli
Roberto Jefferson – O Estado de S.Paulo
Primeiro, suspeitas às urnas. Segundo, xeque mate nas pesquisas. Um senhor de 67 anos de idade vê pintar um clima com crianças e adolescentes de 14 e 15 anos. Já Roberto Jefferson disparou 50 tiros e jogou três granadas na PF. Em tempo: Fabio Faria cria a farsa das inserções no rádio. O crime de Paraisópolis [SP]. Carla Zambelli, em uma flagrante ilegalidade, cai, aponta a arma na cara de um homem negro.
Carla Zambelli
Apesar de você, amanhã será outro dia
Chico Buarque faz o L
Preste atenção. Chico Buarque, Gilberto Gil, Casagrande, Daniel Aarão Reis Filho, Lilia Schartz, Marilena Chauí, Vladimir Safatle, Marilene Felinto, o velho Pepe Mujica, Papa Francisco, Mino Carta não podem estar errados. Luiz Inácio Lula da Silva [PT] é o caminho para reconstruir o País. Com o Brasil, mobilizado, celebrar novo pacto civilizatório, um contrato social republicano e democrático.
Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.