Paulo de Tarso Venceslau, analista político
Opinião

EB amador ajuda o PCC

 

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Os generais de Jair Bolsonaro

Paulo de Tarso Venceslau

O Exército Brasileiro, através do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, tenta se cacifar para fiscalizar, auditar e montar um sistema paralelo de apuração dos votos da eleição marcada para outubro. Mas foi reprovado na primeira prova do mundo real. A prova, diferente do presidente que acusa, mas não prova, foi apurada por um órgão do Estado.  Nesse caso, foi uma ação da PF (Polícia Federal). Uma ação que pode desandar projetos golpistas do presidente Bolsonaro e seus aliados.

policia federal
Polícia Federal

A PF, no cumprimento de suas atribuições constitucionais, investigava um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) que havia obtido o registro de CAC (caçador, atirador e colecionador) com documentos falsos. Esses documentos foram apresentados ao SisGCorp (Sistema de Gestão Corporativo) da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, um órgão de apoio técnico normativo do Comando Logístico do Exército Brasileiro, comandado por um general de divisão. Com esse registro, o investigado adquiriu “legalmente” sete armas, uma delas um fuzil.

Com esse registro, o investigado adquiriu “legalmente” sete armas, uma delas um fuzil

Acontece que a atual legislação impede que pessoas com antecedentes criminais consigam se registrar como CAC. E o investigado responde a 16 processos criminais.  A conclusão é óbvia: o Exército Brasileiro não tem competência e muito menos expertise para fiscalizar, auditar ou montar um sistema paralelo de apuração de um sistema que opera há 25 anos sem sofrer qualquer questionamento. Se o presidente quiser melar as eleições para se manter no poder ou para justificar um golpe terá de procurar outro argumento.

Urnas eletrônicas do TSE

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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