Carlos Marighella
Cinema

Marighella reabre Cine Cultura

Após dois anos de fechamento da sala

 Com mais duas produções em exibição: Parque Oeste e Vento Seco

Renato Dias

Depois da violência do Tsunami da Pandemia do Coronavírus Covid 19, com 25 mil mortos e um milhão e 45 mil contaminados, no Estado de Goiás, o Cine Cultura reabre, nesta terça-feira, 1° de fevereiro de 2022, as suas portas. Aos cinéfilos. Com Marighella, sob a direção do cineasta Wagner Moura. O artista multifacetado Seu Jorge como protagonista. Narrativa do cinema clássico. Até o dia 9 do mesmo mês. Horário: às 17h. Os ingressos custam R$ 10,00, a inteira. A meia-entrada apenas: R$ 5,00.

Cena de Carlos Marighella

Filho de um italiano com os olhos azuis, com uma mulher negra, neta de escravos, da etnia Haussá, ele nasceu em Salvador, a Terra de Todos os Santos, Bahia. O homem ingressou e não terminou o curso de Engenharia. É que transferiu – se para o Rio de Janeiro. Membro do PCB. Fundado em 25 de março de 1922, o Partido Comunista do Brasil era a seção brasileira do Komintern. A central mundial da revolução. Responsável, em 1935, pelo putsch militar fracassado. O baiano não participou.

Preso sob a ditadura civil e militar do Estado Novo [1937 a 1945], ele foi anistiado, em abril. O PCB obteve a sua legalização e disputaria as eleições do dia 2 de dezembro de 1945. A sigla elege Luiz Carlos Prestes ao Senado. Assim como 14 deputados federais. Carlos Marighella assume o mandato parlamentar. O registro da legenda é cassado por 3 votos a 2. Tempos sombrios. Época de Guerra Fria: EUA e URSS [1945-1991]. Sem saída institucional, o PCB faz o seu retorno à velha clandestinidade. De 1947 a 1963.

Com o golpe de Estado civil e militar de 31 de março, primeiro e 2 de abril do ano de 1964, o PCB assiste, passivo, à uma estranha derrota. Registro: o carbonário é preso e recebe tiros em uma sala de cinema na Cidade Maravilhosa. Adepto da luta armada, o ativista aparece, em agosto de 1967, na Conferência da OLAS, em Havana, Cuba. A ALN, Ação Libertadora Nacional, é criada. Com ações de vanguarda. Nada de pedir licença para fazer a revolução. Inimigo número um da caserna. É executado:4 de novembro de 1969.

Wagner Moura, diretor de Marighella

Unidade da Secult [Secretaria de Estado da Cultura], o Cine Cultura exibirá, de 1° a 9 de fevereiro, mais duas produções cinematográficas. Parque Oeste, assinado pela diretora Fabiana Assis, de 2020, pode ser visto às 15h30. Vento Seco, do ano de 2020, do realizador Daniel Nolasco, 20h. O espaço cultural obedece as regras sanitárias e de saúde da OMS. O diretor do Cine Cultura é Fabrício Cordeiro. A capacidade de ocupação está limitada em 50%. É obrigatório o uso de máscaras, álcool-gel e o distanciamento físico nas cadeiras.

Fabrício Cordeiro – O Popular

 

 

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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