Fernando Morais: retrato 3/4 do Brasil
Fernando Morais: revelações explosivas
Brasil não republicano
Olga Benario, José Dirceu, Lula, Oliver Stone, Steve Bannon, Jair Bolsonaro, socialismo, revolução socialista, derramamento de sangue, Organizações Globo, família Marinho e o Centro de Memórias
Nitroglicerina pura
Renato Dias
De Goiânia _ Goiás
Judia, alemã e comunista, Olga Benario não teria tido um filho que ficara na URSS, a União das das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1934, após a sua missão revolucionária no Brasil, o putsch político e militar fracassado de novembro de 1935. A história do ex – guerrilheiro do Molipo e ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu de Oliveira e Silva virará filme. Assim como a de Antônio Carlos Magalhães, Toninho Malvadeza, o ACM. O segundo volume de Lula – Biografia, 2021, Editora Companhia das Letras, sai apenas em julho de 2023. É o que informa Fernando Morais com exclusividade ao progressista Portal de Notícias www.renatodias.online
O escritor relata que o guru de Donald Trump, preso pelo FBI, nos EUA, Steve Bannon teve uma conversa reservada com Eduardo Bolsonaro e o ensinou a usar o submundo das Fake News, nas eleições ao Palácio do Planalto, em 2018, nas redes sociais. Na internet. A rede mundial de computadores. Com uma narrativa racista, misógina, homofóbica, xenófoba, explica. Estilo de guerra, sublinha. É o que os EUA fazem há 100 anos, atira. S surrada e eficiente guerra cultural, fuzila. Primeiro, contra os indígenas, metralha. Depois, na Ásia, Japão, Vietnã, pontua. O inimigo, hoje, é o Islã, dispara o pesquisador. Além da disputa ideológica e comercial com a China, frisa.
Oliver Stone
Mineiro da cidade Mariana, com camisa cor de rosa, calça bege, boné cinza, sapato marrom, barba e madeixas grisalhas que não escondem a sua idade, hoje, de 75 anos, ele conta que teve Coranavírus Covid 19, um infarto, ficou dois dias na Unidade de Terapia Intensiva e 15 dias internado em um hospital em Havana, capital de Cuba. Membro da comitiva de Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente da República por dois mandatos consecutivos seria entrevistado para documentário do cineasta oscarizado e gauche Oliver Stone. Doente, pensou e prometeu. Caso sobrevivesse à Pandemia, usaria as suas armas contra o bloco de poder hegemônico no Brasil.
Fernando Morais se autodeclara um carbonário, incendiário, bolchevique pré – 21° Congresso do Partido Comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Sem filiação partidária, com livros editados em 40 países, relata ser um verdadeiro portador de utopias. O socialismo é inexorável, crê, animado. Fração hegemônica no capitalismo contemporâneo global, o capital fictício, sistema financeiro, é agiotagem oficial, ataca – o. Bradesco, Santander e Itaú obtém lucros trimestrais de R$ 3 bilhões e os seus acionistas não pagam impostos, denuncia o ex-secretário de Estado da Cultura de São Paulo, ex-deputado estadual e ex-Jornal da Tarde [JT].
A missão
A minha tarefa, uma missão, é, hoje, contar o que não ensinaram nas escolas do Brasil, registra. Forças Armadas, agronegócio, indústria, conglomerados econômicos, capital financeiro, monopólios de mídia e Estados Unidos das Américas perderam as disputas e narrativas, em 1954, com o suicídio de Getúlio Vargas, às 8h30, de 24 de agosto, nos aposentos presidenciais, Palácio do Catete; na novembrada, em 11 de novembro de 1955; assim como em Jacareacanga, 1956, e também em Aragarças, 1959; após a renúncia de Jânio Quadros, em 7 de setembro de 1961, com a posse de João Belchior Marques Goulart. Um nacional – estatista. Em sua versão trabalhista.
Eles ganharam em 1964, no ano de 2016, com o golpe em embalagem de impeachment como alvo Dilma Rousseff [PT], voltaram com apetite autoritário na eleição de Jair Messias Bolsonaro [Sem partido], em outubro de 2018. Longe de outsider, de antissistema, narra. Jair Messias Bolsonaro não sabe fazer as quatro operações, muito menos identificar continentes e países, no Mapa Mundi, à exceção do Brasil, vocifera. A elite quer vender estatais, Pré-Sal, o futuro do País, alerta o autor de Olga, A Ilha, Os últimos soldados da guerra fria. Ex – editor do Blog esquerdista Nocaute. Nocauteado. Por absoluta escassez de recursos financeiros, conta o autor em tom de lamento.
Não me calarão
A liberdade de imprensa não pode permitir o direito de mentir, analisa o intelectual orgânico. É indispensável limites, insiste. As Organizações Globo e a família Marinho são inimigos do Brasil, dos brasileiros e assim devem ser tratados, repete. A AK – 47 deve ser apontada para a cabeça deles, projeta. O que me sobra é o Facebook, que me censura, reclama. Fernando Morais cria um Centro de Memórias, em Mariana. José Dirceu de Oliveira e Silva doou seu acervo com três containers. Não entregarei a rapadura aos canalhas e não me calarão, revela o septuagenário.
Com o apoio do PSDB, o Partido da Socialdemocracia Brasileira, Shell e Chevron querem comprar a Petrobras, as refinarias e o Pré-Sal, desabafa. Projeto de autoria do senador da República José Serra [SP]. A história mostra que transformações profundas ocorrem somente com derramamento de sangue, lembra. Como as revoluções francesa [1789], russa [1917], chinesa [1949], cubana [1959] e vietnamita [1975], recorda-se. Não proponho a luta armada, explica. Fernando Morais aposta na eleição, em outubro de 2022, do líder petista, Luiz Inácio Lula da Silva. Com uma agenda de reformas estruturais e mudanças, anota o velho profeta desarmado da insubordinação civil.
Ensinamentos da História
É o que ensina a história contemporânea, destaca o camarada de Fidel Castro. Exemplos, a queda do médico socialista eleito em setembro de 1970, protagonista da via pacífica ao socialismo, Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973. Com os suportes de agentes externos. Do Brasil, Estados Unidos e Uruguai. Uma das maiores carnificinas. Golpe de Estado civil e militar. Contra a democracia. A macroeconomia obteve o apoio do canalha Paulo Guedes, que acabou com o Bolsa família, critica – o Fernando Morais. Saídas existem, ele vê luz no horizonte. Nós somos uma maioria desorganizada, admite. Não tenho dúvida de que venceremos, comemora o eterno periodista.