Dilemas e caminhos de Cuba
Saída de Raúl Castro
Renato Dias

Nunca na História, desde a revolução de 1º de janeiro de 1959, Cuba havia enfrentado um dia sem a presença da Família Castro no poder. Tanto no Partido Comunista [PCC] quanto no Estado. Fidel Castro morreu em 2016. Aos 89 anos de idade, o marxista Raúl Castro transferiu o cargo para Miguel Díaz-Canel. Nascido no ano de 1962. Um socialista da ‘nueva generación’.
_ O óbito de El comandante ocorreu em 25 de novembro de 2016. Miguel Díaz-Canel nasceu em 21 de abril de 1960, em Santa Clara, pós-revolução de 1959.

Nada muda na pequena ilha do Caribe. País com 11,33 milhões de habitantes. É o que acredita David Maciel. Professor doutor da Faculdade de História. Da Universidade Federal de Goiás [UFG]. Apenas a simbologia ocidental de que uma era acabou, explica o pesquisador da História Contemporânea. Babaquice, o embargo continua igual, alfineta o marxista renovado.
_ Registro da História: o bloqueio econômico contra Havana iniciou-se no ano de 1962.

David Maciel informa com exclusividade ao Portal de Notícias www.renatodias.online que os supostos princípios estratégicos da revolução de 1º de janeiro de 1959 continuariam iguais. Não houve ruptura como a que houve entre Lênin e Josep Stálin ou entre Josep Stálin e Nikita Kruschev, avalia. Em 1924 e 1953, na URSS. Se mudarem, terão que discutir e anunciar, atira.

China, Rússia e EUA
A saída de Raúl Castro, o último da família que controlava o Estado e o PCC, não altera nada no stablishment socialista. É o que analisa o historiador distante da Escola dos Analles, jornalista e especialista em geopolítica mundial, Frederico Vitor de Oliveira. O estudioso aponta a possibilidade de aproximação com a China e até com o democrata Joe Biden, em Washington.
_ Além da manutenção de laços especiais com o Kremlin, na Rússia, sob Vladimir Putin.

O professor doutor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense [UFF], Daniel Aarão Reis Filho, com uma passagem de seu exílio em Havana, um especialista nos socialismos realmente existentes, em projetos das esquerdas revolucionárias no mundo e América Latina, não apresenta nenhum entusiasmo com a saída do ‘clã’ do poder no País.
_ Pobre Cuba.
