Lágrimas e tristeza sem fim
Covid 19

O último Adeus Sob luto incompleto

                 Pandemia do Coronavírus Covid 19

O último Adeus

Sob luto incompleto

Viúva e filha, sem missa de corpo presente, distante do ente querido, enterram Paulo Miguel Diniz, ex – presidente-executivo e do Conselho Deliberativo do Vila Nova Futebol Clube

 

Renato Dias

À distância. Com rapidez. Protocolos da Organização Mundial de Saúde. Uma exigência sani­tá­ria. De saúde pública. Dos serviços funerários. Alba Diniz, viúva, e Ludmilla Diniz, filha, exe­cu­tam o ritual fúnebre. De enterro do corpo de Paulo Diniz. Ex-presidente – executivo e do Con­se­lho Deliberativo do Vila Nova Futebol Clube. Nesta terça-feira cinza, 13 de abril de 2021, sem missa de corpo presente, às 11h, Cemitério Jardim das Palmeiras. Em Goiânia. Após um cortejo

Ludmilla Diniz

Aos 93 anos de idade, a educadora, ex-diretora de unidade de ensino público, Maria Rosa de Oliveira não sabe da morte do filho muito menos do óbito do neto Paulo Júnior. Tragédias que atingiram o clã Diniz. É a mãe, já idosa, poupada da cena, de mais uma vítima, no Brasil, Estado de Goiás e em Goiânia, da Pandemia do Coronavírus Covid 19. A maior tragédia sanitária e de saúde pública dos últimos 100 anos. Antes, apenas a da Gripe Espanhola. Anos: 1918 e 1919.

A família Diniz
A família Diniz

Alba Diniz soube da morte do primogênito somente após deixar o Hospital Jacob Fakouri, re­tor­nar para casa, localizada no  Jardins Viena, na capital do Estado fundada em 1933, por Pe­dro Lu­do­vico Teixeira, pós-revolução de 1930, e não ver no lugar de sempre a rede em que ba­lan­çava Paulo Júnior. Nascido em 23 de maio de 1978. Sob as lágrimas de Ludmilla Diniz, de 4 de março de 1980. Os dois do casamento com Paulo Diniz, ocorrido em 1977. Tristeza. Sem fim

Paulo Diniz

Por complicações da doença, rotulada como ‘uma gripezinha, Paulo Diniz morreu segunda-fei­ra última. Dia 12 de abril.  Sombrio. 2021: ano que está longe de acabar. Na Unidade de Tera­pia Intensiva, do Hospital Jacob Fakouri. Aos 71 anos. Como Maria Rosa de Oliveira, sem ser informado da mor­te do seu rebento. Uma inversão na História imprevisível da aven­tura humana.  O Coronavírus Covid 19 matou 50% da família Diniz. Os dois homens. Pai e filho.

_ Mãe e filha escaparam. Não ilesas. Longe. Destruídas. Devastadas.

 

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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