Luiz Inácio Lula da Silva
Política

Uma ferida que não cicatriza?

Luiz Inácio Lula da Silva – caricatura
Luiz Inácio Lula da Silva – caricatura

Uma ferida que não cicatriza?

                            

 

Renato Dias

Uma ferida que não cicatriza. Afinal, 580 dias atrás das grades. Condenação de um homem inocente. É a síntese do jornalista João Salame Neto. Graduado na Universidade Federal de Goiás, ex-deputado estadual do Pará, ex-prefeito de Marabá. Acertada, a sentença do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, saiu com cinco anos de atraso. A solicitação havia sido formulada no ano de 2016, aponta. Trata-se de um golpe na concepção ‘punitivista’, atira. O corolário é a declaração da suspeição e parcialidade do ex-juiz de Direito de Curitiba Sérgio Moro, pontua. Luiz Inácio Lula da Silva adotou uma postura de Estadista, sublinha.  Ele lamenta a ausência de uma ‘pedido de desculpas’ do líder petista pelos erros do PT em suas gestões.

Sérgio Moro _ caricatura
Sérgio Moro _ caricatura

Presidente nacional do Partido da Causa Operária [PCO], jornalista Rui Costa Pimenta, neto de João da Costa Pimenta, um dos nove fundadores do PCB, em 25 de março de 1922, afirma que Ciro Gomes [PDT] pode ser o Plano B da centro-direita, do Deus Mercado e dos conglomerados de comunicação. João Dória [PSDB] e Luciano Huck não possuem viabilidade eleitoral, dispara. A tendência, em outubro de 2022, é a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro, presidente da República, sublinha.  A burguesia não irá apoiar Lula, insiste. Uma guerra anunciada, da Bolsa de Valores, das Forças Armadas, dos monopólios de mídia, contra a esquerda, metralha. É Lula ou nada, fuzila. Roberto Freire é a cara do Velho PCB, ironiza ele.

Edson Fachin _ caricatura
Edson Fachin _ caricatura

Graduado e mestre em História, professor no Estado do Tocantins, Paulo Henrique Costa Mattos aguarda decisão da Segunda Turma do STF que condene Sérgio Moro por suspeição e parcialidade. É o que se exige de um Poder Judiciário independente, frisa. O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva acerta ao antecipar a sucessão de 2022, apontar a Pandemia do Coronavírus Covid 19 e a universalização da vacina como medidas emergenciais, destaca. Sob Jair Messias Bolsonaro o Brasil enfrenta grave retrocesso, explica. O País era a sexta maior economia do mundo e caiu para a décima segunda posição no ranking internacional, vocifera. O Brasil é pária mundial, lamenta. Com o ódio inoculado pela Lava Jato e a mídia, desabafa.

João Salame Neto
João Salame Neto

‘Band leader’ da Unidade Popular [UP], Altenir Santos, um quadro do Partido Comunista Revolucionário [PCR], lembra ter participado das manifestações contra o golpe que depôs a presidente da República, Dilma Rousseff, em 2016, revela ter denunciado as irregularidades da Lava Jato, informa defender, hoje, a condenação do ex – magistrado Sérgio Moro, do procura­dor da República Deltan Dallagnoll e dos membros da Força Tarefa que cometeram ilegalida­des e fraudaram o resultado das urnas eletrônicas de 2018. O dirigente quer a saída do Palácio do Planalto de Jair Bolsonaro e de Hamilton Mourão. Resolução fundada em seus crimes sob a Pandemia, com 270 mil mortos, às  investidas contra a democracia e os seus atos de corrupção

Rui Costa Pimenta
Rui Costa Pimenta

Historiador, marxista, distante da História Cultural, jornalista, um adepto do New Journalism, Frederico Vítor de Oliveira diz que Sérgio Moro teria sido parcial. Com vazamentos seletivos, lembra. Ele arquitetou as instruções, orientou a Polícia Federal e pautou até o Ministério Público Federal, denuncia. O ex- juiz de Direito deverá ser declarado, pela Corte Suprema do País, como sinalizam Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowiski e Carmen Lúcia, suspeito e parcial nos julgamentos do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve quatro condenações e perdeu os direitos políticos, analisa o pesquisador da História do Tempo Presente. O periodista, especialista em Geopolítica, vê a polarização: ‘esquerda versus direita’.

Paulo Henrique Costa Mattos
Paulo Henrique Costa Mattos

O ministro do STF, Edson Fachin, agiu, no dia 8 de março de 2021, com a sua sentença, de for­ma ‘oportunista’. É o que avalia, com exclusividade, o engenheiro Martiniano Cavalcante. Ve­lho quadro socialista e revolucionário. O pensador gauche observa que a decisão seria desti­na­da somente para salvar o suposto herói da Lava Jato: Sérgio Moro. Um Estado De Direito deve­ria é garantir a presunção da inocência, o direito inalienável à ampla defesa, ao contraditório, registra. O ex-juiz de Direito precisa, sim, pagar por seus crimes, atira. A revo­ga­ção das senten­ças, de suas condenações e o seu discurso, sob a Pandemia, com 270 mil cadá­ve­res, consti­tuem sinais de esperança da possibilidade de mudança do cenário político nacional, acredita.

Altenir Santos
Altenir Santos

 A crítica da crítica

Luiz Inácio Lula da Silva deveria apresentar e não mostrou um programa de enfrentamento ao sistema financeiro, diz. Ao capital especulativo, frisa. A crise ter chegado após 14 anos da ‘Era PT’ mostra que a legenda errou, pontua. Com a colaboração de classes. Não tocou na dívida pública, nas renúncias fiscais e nos incentivos ao agronegócio, recorda-se. A ‘Carta ao Povo Brasileiro’ é que permitiu a ascensão da extrema-direita no Brasil, critica. É preciso mexer com as finanças, aponta. Para ver quem paga a conta, insiste. A autocrítica é indispensável, crê. É preciso a taxação das grandes fortunas, dos mais ricos, desabafa. “O seu discurso foi inteli­gen­te e sinaliza à uma Frente Ampla com um núcleo de esquerda, com centralidade na esquerda”.

Frederico Victor de Oliveira

_ Nunca podemos nos esquecer. O punhal da traição da elite, da burguesia, nunca secou.

Com um atraso de cinco anos, o ministro do STF, Edson Fachin, em decisão monocrática, anulou as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva, explica o historiador marxista Reinaldo Pantaleão. Falta agora a condenação e prisão, em regime fechado, do ex-juiz de Direito Sérgio Moro, discursa. O ativista, aos 70 anos de idade, defende, para as eleições de outubro de 2022, a formação de uma frente política com Lula, alimentada por um programa progressista, destaca. A ser integrada pelas siglas: PT, PCO, PCB, PDT, PSB, UP, PSTU, Psol,  PC do B, propõe.  Para derrotar, nas ruas, urnas eletrônicas e no parlamento o ex – capitão reformado do Exército Brasileiro, deputado federal por sete mandatos, do baixo clero,  Jair Bolsonaro, atira.

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einaldo-de-Assis-Pantaleão
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Martiniano Cavalcante
Martiniano Cavalcante

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Clayton de Souza Avelar
Clayton de Souza Avelar

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Historiador, Clayton de Souza Avelar, sindicalista de Brasília, a capital da República, admite que Edson Fachin  fez, sim, reparação à ‘farsa jurídica’ montada pela Operação Lava Jato, a República de Curitiba, com suas ilegalidades, com atraso, e que falta o ex-juiz de Direito Sérgio Moro, um verdadeiro político, não um juiz ou um magistrado isento e imparcial, ser julgado suspeito e parcial. Pela corte suprema. O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva [PT] não é radical e, pragmático, exerce os seus mandatos com moderação, critica. Ao ace­nar ao mercado, ao agronegócio, ele sinaliza que deve celebrar amplas alianças, como as que o levaram ao Poder tanto nas eleições de 2022 quanto no pleito de 2006, reclama o ativista.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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