A leitura da loucura da razão econômica
Goiânia pós-pandemia
A leitura da loucura
da razão econômica
Metrópole tem 120 lotes urbanos vazios, déficit de 29 mil moradias e expansão é pautada pela lógica do capital imobiliário, Codese e Ademi, diz Luiz Felipe, arquiteto e urbanista
Renato Dias
A urbanização desordenada e acelerada de Goiânia, fundada na lógica da acumulação e reprodução do capital, é o que pode ser classificada como a ‘loucura da razão econômica’, analisa o arquiteto e urbanista Luiz Felipe. Pré – candidato a vice – prefeito de Goiânia. Pelo Partido Socialismo e Liberdade [Psol]. As eleições ocorrerão dia 15 de novembro de 2020.
_ Uma expansão ilimitada. Com o monopólio da terra urbana. Como ativo financeiro.
Adepto das ideias antistablishment de Karl Marx [1818_1883], Leon Trotski [1879_1940], Ernest Mandel [1923-1995] e David Harvey [1935], o pesquisador e ativista político informa que o município de Goiânia possui 120 mil lotes vazios e um déficit de moradias para 29 mil famílias. O que fere a Constituição Federal promulgada em 5 de outubro do ano de 1988.
_ Os despejos promovidos pela Prefeitura de Goiânia, sob a Pandemia do Coronavirus Covid 19, são inaceitáveis.
Codese e Ademi
O arquiteto e urbanista Luiz Felipe aponta que Codese e Ademi é que definem a lógica e o modelo do crescimento da Capital criada em 1933. Trotskista, de pensamento enciclopédico e ilustrado, ele defende a ocupação dos espaços vazios, a regularização do mercado imobiliário e o controle real do valor dos aluguéis. Como Guilherme Boulos, líder do MTST nacional.
_ A ideia é também descanalizar o Córrego Botafogo e formatar um novo transporte público de excelência.