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Ídolo do Vila Nova F.C. Morre Fernandinho

Luto

Ídolo do Vila Nova F.C. Morre Fernandinho

Craque vestiu o manto vermelho e branco da maior paixão do Centro-Oeste do Brasil, deu voltas olímpicas, conquistou títulos, jogou no Santos, com Pelé, e voltou para o Tigrão

 

 

Santos 4 X 0 Palmeiras

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A torcida do Vila Nova

 

Luiz Gama

PodCast Narração de gol de Fernandinho

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Por Luiz Gama

‘23 de agosto Ano de 1973. 2h: madrugada. Vila Nova

é campeão.

Com Fernandinho

Paulo Miguel Diniz

Ex-presidente do Vila Nova

 

 

‘Goleada.

De 4 a zero.

Do Santos.

No Palmeiras.

Com Pelé e

Fernandinho

Luiz Gama

Narrador e comentarista

 

‘Lamentável.

A perda.

Craque.

Uma geração

vitoriosa. A

de Fernandinho

Hugo Jorge Bravo

Presidente do Vila Nova

 

Renato Dias

Campeão do Torneio Rubens Guerra, no dia alegre de 4 de abril de 1973, final eletrizante con­tra o Atlético Clube Goianiense, à  época o ‘clássico das multidões’, Fernandinho iniciava a sua mar­ca. Na maior paixão do Centro-Oeste. Do Brasil. O Vila Nova Futebol Clube. Agremiação es­por­tiva, de linhagem operária. De massas. Fundada em 29 de julho de 1943. O time com­ple­tará, em 2020, 77 anos de história. Um de seus ícones, morreu, hoje, 5 de junho, aos 70 anos.

_ A cidade de Goiânia, o Estado de Goiás,  o Vila Nova,  o Santos e o alegre futebol nacional derruba­ram lágrimas. Para o eterno craque. Imortalizado. Na História.

Vinte e cinco dias exatos depois, o atleta abocanha o vice do Torneio Leonino Caiado. Palco: Estádio Olímpico. Arena de espetáculos criada pelo Governo do Estado de Goiás. Ao derrotar o Goiânia Esporte Clube, o Galo Carijó, nascido em 1938, por 2 a 1. Em primeiro de julho de 1973 é campeão da Taça Leonino de Ramos Caiado. Uma competição interestadual que reuniu Vas­co da Gama[RJ], Vila Nova Futebol Clube, Goiânia Esporte Clube e Atlético Clube Goianiense.

Pelé
Pelé

_ Ah, pode esperar. A sua hora vai chegar!

A vitória mais comemorada ocorre em 23 de agosto. Ano: 1973. Horário: duas horas da madru­gada. O adversário: o seu principal rival, em 2020, naqueles tempos, um time de apenas 33 torcedores. Suada. Derrota, no tempo normal. Empate na prorrogação. O  Vila Nova tem dois jogadores expulsos. Uma arbitragem vagabunda. A decisão ocorre nas penalidades. O  Vila Nova bate primeiro. Três pênaltis seguidos. Três convertidos. O rival erra. É Campeão Goiano.

_ Goiânia acorda vermelha. O Estado de Goiás sorri. O Brasil vibra.

Ao retornar do glorioso Santos Futebol Clube, o time do Rei Pelé, em 8 de fevereiro de 1975, Fer­nandinho obtém o vice do Torneio Centrais Elétricas.  O  Vila Nova empata em zero a zero com o tradicional Coritiba. O ‘Coxa Branca’. Já em primeiro de outubro, do mesmo ano, sagra-se campeão do Troféu Francisco de Castro, prefeito de Goiânia, ao derrotar o Internacional de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, campeão brasileiro da Série A, de 1975, por 2 a 1. Alegrias.

Reinaldo Pantaleão
Reinaldo Pantaleão

_ Dia 7 de dezembro de 1975, ele  ganha do Atlético Clube Goianiense por 3 a 1 e fatura a Taça Leonino Caiado. Em 11 de dezembro de 1975 é vice-campeão do Torneio Início.

Dia 21 de janeiro de 1976. O  Vila Nova, com as arrancadas mortais de Fernandinho, empata, em 1 a 1, com o seu maior rival, de hoje, e dá a volta olímpica. No Torneio Antônio Augusto Azeredo Coutinho. O ano de 1977 é de arrepiar. Em 13 de julho, o  Vila Nova Futebol Clube é campeão do seletivo para a Série A. Logo em seguida, na noite de 29 de setembro, é campeão estadual. O adversário é o Goiânia Esporte Clube. Por um a zero. Pontapé inicial para o tetra.

_ O primeiro tetracampeonato da ‘Era Profissional’. É colorado _ 1977, 1978, 1979 e 1980. Assim como o primeiro tricampeonato também foi vermelho _ 1961, 1962 e 1963.

Alegria nas pernas

Fernandinho possuía alegria nas pernas, analisa o radialista, narrador esportivo e comentarista Luiz Gama, editor do www.canalgama.com.br e âncora do Programa Polithéia, Fonte TV. Um dos maiores estudiosos do futebol mundial e enciclopédia ambulante da paixão da ‘Pátria em Chuteiras’. O craque brilhava em edições sucessivas do Globo Esporte, relata o ícone do rádio, da TV e da rede mundial de computadores. ‘Tocha Vermelha’, o principal homem do futebol.

_ Da mídia em Goiás.

Ex – lateral direito e volante do Vila Nova Futebol Clube, Josimar diz que trata-se de  perda irre­parável. Saudades, chora o ex-jogador que ingressou em 1983 no campo e nos corredores  do Onésio Brasileiro Alvarenga [OBA]. Um dos maiores ídolos da História,  resume. Ponta-di­reita diferenciado,  registra.  Ídolo,   insiste. Abraços eternos, ele se despede. O camisa 7 Fer­nan­dinho entra para a história do futebol nacional como artilheiro e craque, narra o cantor Xexéu.

Xexéu
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_ Dribles e jogadas desconcertantes. Elas levavam ao gol. Adversário. Fernandinho e Vila Nova Futebol Clube, sinônimos de alegrias.

 

Paulo Miguel Diniz
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Um dos maiores presidentes da História de 77 anos de história do Vila Nova, o advogado tribu­tarista Paulo Miguel Diniz lembra que Fernandinho chegou do Campinas, com Carlos Alberto, em 1973, e participou da madrugada memorável de 23 de agosto de 1973. Conselheiro grão-benemérito, ele diz ter testemunhado, in loco, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, capital, lances antológicos do craque. Ao lado de Edson Arantes do Nascimento. O ‘magistral’ Pelé.

_ Morre uma lenda. Um ídolo. Uma tristeza. Sem fim.

Amém. Assim resume, em linguagem das redes sociais, o conselheiro do clube Gilberto Silva, proprietário da Hidroreparos. Dilmar Pires afirma que Fernandinho, morto, hoje, é um dos cinco nomes mais expressivos com passagem pelo Vila Nova e já entra na galeria dos símbolos. Salve, salve Fernandinho, lamenta. Dos Estados Unidos das Américas [EUA], Rogério Oliveira Diniz conta que teve uma camisa 7, vermelha, do Vila Nova, em homenagem ao seu ídolo.

_ Trágico. Triste. Muito triste. Muito triste. Muito triste.  [Rogério Oliveira Diniz derrama lágrimas pela face]

 

Historiador, Reinaldo Pantaleão recorda-se da transferência de Fernandinho, do Campinas para o Vila Nova. Um dos craques do futebol do Centro-Oeste, ele pontua. Lamentável, registra o pesquisador marxista e torcedor apaixonado do Goiânia Esporte Clube, o Galo Carijó. O presidente-executivo do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, em soluços, lamenta a perda do ídolo. Craque de uma geração vitoriosa, resume. A nação colorada está de luto, frisa.

Hugo Jorge Bravo
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_ Fernandinho marcou a História do Vila Nova F.C.. Na final, de 1973, entrei como mascote. Humilde. Um grande homem.  [É o que afirma o ex-presidente do Vila Nova Marcos Martinez]

Marcos-Martinez
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Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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