Fragmentação alimenta fascismo
Lições das eleições na França
De 10 de abril de 2022
Internacional

Renato Dias
O primeiro turno das eleições à presidência da República na França, realizado no último dia 10 de abril de 2022, deixa uma lição. Trágica. Como a do pleito que levou Adolf Hitler ao poder, na Alemanha. Anos 30, século XX.

A fragmentação gauche em múltiplos nomes, cores e legendas promoveu a derrota de Jean-Luc Mélenchon. O único postulante das esquerdas que poderia chegar ao segundo turno da corrida ao Palácio do Elysée.

A França Insubmissa obteve 21,95% dos votos válidos. Uma distância mínima, residual, a separou de Marine Le Pen, com 23,41%. A extrema-direita disputará o cargo contra o centrista Emmanuel Macron, com 27,6%.

O resultado é a pavimentação da avenida para a candidata da extrema-direita, Marina Le Pen. A próxima fase da eleição ocorrerá no dia 24 de abril. Duas semanas pela frente apenas. Para impedir o pior cenário. No Velho Mundo.
Esquerdas divididas
A socialista Anne Hidalgo obteve 1,7%. O líder do Partido Comunista Fabien Roussel atingiu 2,31%. O Novo Partido Anticapitalista [NPA], com Phillipe Poutou, alcançou 0,77% dos votos válidos. Yannick Jadou, dos Verdes, 4,58%
Luta Operária optou por Nathalie Arthaud
O Portal de Notícias www.renatodias.online informa com exclusividade que Luta Operária optou por Nathalie Arthaud. Na totalização dos votos da eleição presidencial francesa, a esquerdista contabilizou 0,56%
Markus Sokol, de Paris, França