Adeus, Guilherme Oliveira Brito!
1961-2022
Historiador, jornalista, anticapitalista
Velório e sepultamento, 17h, Cemitério Jardim das Palmeiras
Renato Dias
Sob tristeza
Em pedaços
Destruído
Um irmão que a vida me deu
Graduado em Jornalismo na UFG, formado em História na PUC [Goiás], Guilherme Oliveira de Brito morreu na madrugada de hoje, dia 7 de abril de 2022, de infarto. Um dos fundadores do PT, em Goiás, sofria de Diabetes e Hipertensão.
O ativista político integrou a Frente de Reorganização do Movimento Secundarista [Frems], em Goiânia. Depois, elegeu-se diretor do Diretório Central dos Estudantes [DCE da UFG]. Ele trabalhou no jornal semanário Gazeta Popular.
Assessor do deputado estadual Athos Magno Costa e Silva, o militante exerceu o cargo de chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. O titular da pasta: Luiz Alberto Gomes de Oliveira, economista.
Guilherme Oliveira participou das campanhas do PT de 1982, 1985, 1986, 1988, 1989, 1990, 1992, 1994, 1996, 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2012, 2014, 2016, 2018 e queria derrotar, em 2022, o fascista Jair Messias Bolsonaro [PL].
Identificado com a estrela vermelha fundada em 1980, ele participou da gestão do então prefeito de Goiânia, Pedro Wilson Guimarães. Assim como de um período do mandato do deputado estadual Luís Cesar Bueno e Freitas [PT].
Leitor ávido de livros e textos de História, Ciências Políticas e assim como de Relações Internacionais, ele admirava Cornelius Castoriadis, Daniel Aarão Reis Filho, Luiz Gonzaga Belluzzo, Slavoj Zizek, Aldo Fornaziere e Noam Chomsky.
Homem de hábitos simples, de estilo despojado, gostava de ler Folha de S. Paulo, Estadão, Brasil 247, DCM, além da revista semanal Carta Capital, frequentava o Café do Mundo, adorava Coca Cola zero e devorava açaí como uma criança.
Portador da depressão, o mal do século XXI, ele formulou ácidas críticas à guerra deflagrada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, contra a Ucrânia, presidida por Volodymyr Zelenskyy. Conflito no Leste Europeu, aberto em 4 de fevereiro de 2022.
Nascido em 12 de dezembro de 1961, namorou Carmen Círia Rosa, socióloga, casou – se com Raquel Machado, graduada e mestre, em História, escritora de raro talento, e torcia para o Vila Nova Futebol Clube, o maior do Centro-Oeste.
Sob a Pandemia, Guilherme Oliveira optou por mudar – se para o apartamento de sua mãe, Maria Helena, doutora em História, professora da UFG e PUC, que ficara viúva de Ariodê de Brito. A sua morte, inesperada, deixa Goiânia cada vez mais triste.