Assim mataram Zé Dirceu
Assassinato de reputação
Verdade não revelada
Renato Dias
Ex-presidente da [UEE] União Estadual dos Estudantes de São Paulo, vira preso político após a prisão dos participantes do XXX° Congresso da UNE, em 12 de outubro de 1968, em Ibiúna [SP], é trocado no dia 7 de setembro de 1969 pelo embaixador dos EUA, no Brasil, Charles Burke Elbrick, exilado no México e Cuba, com retorno clandestino sob a ditadura civil e militar, no ano de 1975, radicado em Cruzeiro do Oeste, Paraná, ele era o homem mais qualificado para ser o presidente da República. O seu nome? Ah! É José Dirceu de Oliveira e Silva. A história, com as suas curvas sinuosas e maracas de imprevisibilidades, não quis assim.
Fundador do PT, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, presidente nacional da estrela vermelha, o advogado teria sido o ideólogo e o arquiteto da tática política que conduziu o ex-operário metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva a subir a rampa do Planalto. A primeira vez em 2003. Com uma chapa simbólica. Trabalho e capital. O líder petista obteve o seu segundo mandato em 2007. Ele elegeu e reelegeu a sua sucessora. A camarada de armas do ex- guerrilheiro do Molipo de codinome Daniel: Dilma Vana Rousseff, que nunca havia disputado uma eleição. Depois, fez do professor da USP Fernando Haddad o prefeito de São Paulo.
O PT voltou ao Palácio do Planalto para a sua quinta gestão, em 1° de janeiro de 2023. Com programa político socialdemocrata de esquerda idêntico ao formulada por José Dirceu de Oliveira e Silva. Em uma frente ampla, democrática, em defesa do pacto civilizatório que a extrema direita rompeu. Com Michel Temer [MDB] e Jair Messias Bolsonaro [PL] O contexto histórico mudou. Guerra na Europa. Crise financeira nos EUA. Crescimento da China. A América Latina vermelha. Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Nicarágua, Cuba, Venezuela, Colômbia, Honduras integram a relação. A expansão do Sul Global. O que exige multipolaridade.
Uma imagem real de pagamento de propina de R$ 3 mil a um simples funcionário da ECT, repassada por Carlinhos Cachoeira à Veja, levou Roberto Jefferson ao start de um alto surto psicótico. Homem doente. Portador de grave delírio paranoico com bipolaridade. À suspeita de eventual armação. Ele inventa a suposta versão de pagamento de mesada, de janeiro a dezembro de 2003, 2004, 2005, define-a com nome pomposo de Mensalão e insinua compra de votos até de deputados do PT, PC do B, PSB, siglas da Frente Brasil Popular, de 1989. O STF sem prova material robusta condena o sucessor natural de Luiz Inácio Lula da Silva: ministro da Casa Civil.
Conglomerados de comunicação do País, monopólios de mídia, controlados por sete famílias construíam narrativas. O Judiciário adotou a regra simples de criminalização da política. O MP desconstruía reputações. Um salvador da pátria vestiu a capa do Batman para lutar contra a corrupção. Mais: mesma verve usada em 1954 e 1964. O que seria infração grave do baixo escalão, clero, da administração pública, transforma-se no risível maior escândalo da História do Brasil Inaceitável. Um crime. Ainda sem castigo. Ao importar a Teoria de Domínio do Fato, de Hans Welzel e Claus Roxin, da Alemanha, um anacronismo, ceifa-se um projeto de Estado.
Prezado, vcs não conhecem Zé Dirceu, Camilo, Daniel e outros nomes de guerra. Um dia, quem sabe, vcs conhecerão o verdadeiro Zé Dirceu. A História é implacável. Quem tem pressa come cru.
… quando eu me empolguei com a leitura. Rolei para baixo procurando o final, já havia terminado. Que pena! Zé Dirceu precisa ser buscado de volta à vida de todo o país!