Vilmar Rocha quer reforma tributária
Medida pode multiplicar o número de empregos
A disputa ao Senado
Da Redação
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, na opinião de 56% dos empresários brasileiros, a reforma tributária é a medida mais importante que o próximo governo deve adotar para estimular a geração de empregos. O candidato ao Senado Vilmar Rocha (PSD) concorda que o Brasil precisa avançar nessa questão, mas afirma que a reforma tributária exigirá uma ampla articulação política.
“A reforma tributária é, no fundo, uma reforma política porque ela irá mexer com a distribuição de recursos para União, Estados e Municípios e isso é uma encrenca que exige uma grande articulação política”, esclarece Vilmar. Para o candidato, o atual cenário político do Brasil não permite uma reforma tributária profunda. “Esqueçam uma reforma tributária substantiva. Não há cenário político para se fazer uma reforma tributária profunda no Brasil porque ela é muito mais complexa que uma simples reforma técnica”, explica Vilmar.
“A reforma envolve essas questões políticas de redistribuição de recursos e de definições sobre quais setores irão pagar mais e isso é político e essas encrencas exigem muita articulação e gestão política e não vejo clima para isso no momento”, completa.Mas Vilmar concorda que é preciso avançar e não ficar parado, esperando o cenário ideal. “Não podemos ficar de braços cruzados esperando o melhor momento. Temos de avançar e, aí, a estratégia é comer pelas beiradas”, afirma.
“Fazer o que chamamos de ‘reforma fatiada’. Vamos avançando em alguns pontos, fazendo as reformas que são possíveis, as simplificações, as desburocratizações e criando novos ambientes, novas condições para avançarmos mais”, explica o candidato que tem grande experiência no Congresso, onde exerceu cinco mandatos de deputado federal.
Congresso de direita
Para Vilmar, o perfil do novo Congresso será de “será de centro-direita e sintonizado com as políticas liberais para a economia”. O ex-deputado é um dos membros da Fundação Espaço Democrático, o órgão pensante do PSD, e, por isso, tem feito análises e leituras das eleições em todo o País. “Nossas avaliações indicam que o novo Congresso terá esse perfil. Portanto aqueles que ficam preocupados com a eleição de candidato A, B ou C, que isso possa significar uma guinada para esquerda ou para políticas anti-mercado ou anti-liberais, eu não vejo esse risco”, afirma.
Vilmar lembra que, nos anos 90, o Brasil viveu um momento de grandes reformas que melhoraram o País, como o Plano Real, a quebra de monopólios e as privatizações. “Eu era deputado federal e ajudei nessas reformas. Eu tenho muito orgulho de ter participado desse momento porque conseguimos avançar muito e fazer reformas que melhoraram a vida das pessoas”, recorda ele.
Professor universitário, ele ressalta que o importante será fazer uma boa gestão política desse novo Congresso. “O importante é que tenhamos líderes com capacidade de articular, de ouvir, de formar consensos e que tenham autoridade para isso. Autoridade é diferente de poder. Poder é político e autoridade é moral e intelectual”, ensina. “Então, o Congresso precisa de parlamentares com capacidade de articulação e com autoridade para liderar as reformas que são importantes para o País”.