‘Bolsonaro é mentiroso e hipócrita’
Não há risco de fraude nas eleições, diz João Pedro Stédile
Líder nacional do MST quer derrota de Caiado
Marconi Perillo pode, sim, colocar o boné do MST, afirma economista
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Renato Dias
Não há risco de fraude nas eleições do mês de outubro de 2022. É o que afirma com exclusividade ao Portal de Notícias www.renatodias.online o economista João Pedro Stédile [RS], líder nacional do MST [Movimento dos Trabalhadores Sem Terras].

Eleito sete vezes deputado federal [De 1990 a 2014], além de presidente da República [2018], Jair Bolsonaro enviou à Câmara dos Deputados, em Brasília [DF], Eduardo Bolsonaro, e ao Senado, Flávio Bolsonaro, ataca. Ele é mentiroso e hipócrita, desabafa.

Stédile denuncia a farsa da Operação Lava Jato. Mais: ataca o golpe que depôs a presidente da República, Dilma Rousseff. O ideólogo repudia a prisão, condenação, afastamento ilegais do pleito nacional de 2018 de Luiz Inácio Lula da Silva [PT].

Com a radiografia do caos, o dirigente do MST atribui a Jair Messias Bolsonaro as 700 mil mortes sob a Pandemia do Coronavírus Covid 19, o atraso na aquisição de vacinas, a recusa aos protocolos da OMS, a recessão, a inflação, a fome e o desemprego.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pode ser eleito já no primeiro turno, em 2 de outubro de 2022, frisa. É o que apontam as pesquisas de opinião pública, avalia o analista de cenário político tanto do Brasil quanto da América Latina.

Caso seja eleito, o ex-operário metalúrgico deveria adotar um Plano de Emergência Para a Crise, propõe. O band leader cobra em 2022 e 2023 uma ampla, plural e suprapartidária mobilização social e política para aprovação de reformas estruturais.

Primos, PT, CUT e também o MST são reais instrumentos de lutas no Brasil das classes trabalhadoras, explica. O PT nasceu em 1980. A CUT no ano de 1983. O MST, 1984. Os três sob a ditadura civil e militar [1964-1985], sublinha o intelectual orgânico.
A burguesia nacional odeia o MST, admite. Stédile vê ainda um suporte das classes médias ao movimento e às suas agendas produtiva, ambiental, sustentáveis. Já a periferia adora os projetos populares da organização, ele dispara, animado.

Apelar ao recurso da violência, optar pela força, com ameaças radicais de um eventual golpe de Estado civil e militar, mostram sinais de fraqueza, do aspirante à bonapartista, registra. Ao utilizar um conceito do filósofo Karl Marx [1818-1883].

Oligarca, um homem do latifúndio, mais atrasado do que o agronegócio, que produz comoditties, o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado [União Brasil], pode ser derrotado nas urnas eletrônicas. Para mudar os destinos do Estado, metralha.

O ex-inquilino da Casa Verde Marconi Perillo [PSDB] dialoga com a Federação Brasil Esperança. Perillo pode, sim, colocar o boné do MST, não exigimos atestado ideológico e seja bem-vindo, para mudar Goiás e o Brasil e até fico alegre, destaca.
