Soledad Barret afrouxa as regras de segurança
À beira da queda
As delações de José Anselmo dos Santos
Renato Dias
José Anselmo dos Santos submete – se às ordens de Sérgio Paranhos Fleury, delegado do Deops [SP] e embarca em janeiro de 1972 para Santiago, Chile. À época sob a presidência do médico marxista Salvador Allende. Para restabelecer contatos e atrair exilados de volta ao Brasil. Um encontro com a ratoeira humana da morte.
A ratoeira para matar guerrilheiros da VPR
Logo o ex-presidente da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais em 1964 procura membros do Comitê Central da VPR. A organização exige, primeiro, o seu reconhecimento. José Duarte dos Santos, da ALN, revela a sua identidade. Diógenes Oliveira já suspeitava de sua colaboração. O ex-sargento Onofre Pinto abre o diálogo.
Ex – sargento Onofre Pinto alivia a barra ao suspeito
As quedas e relatos que vieram do Brasil, Europa e Cuba. Teatral, o cachorro retira sua arma da cintura, coloca-a na mesa e pede seu justiçamento. Revolucionário. De origem militar, Onofre Pinto, homem que recrutou o capitão da guerrilha, Carlos Lamarca, recua e destina dólares e guerrilheiros à missão em Recife [PE]. Na Chácara São Bento.
A Chácara São Bento seria o palco da chacina
Jorge Barret, radicado no Uruguai, transfere a sua irmã, a paraguaia Soledad Barret Viedma, para São Paulo. Um ponto com o infiltrado é marcado para o Cine Flamingo. Com as madeixas revoltas, bigode, magro, ele apresenta o plano de uma imaginária retomada da guerrilha em Recife. Com mais cinco da VPR. A farsa é descoberta.
Soledad Barret Viedma é avisada por Jorge Barret
Jorge Barret entrega a Soledad Barret Viedma uma carta do Chile com uma revelação explosiva. José Anselmo dos Santos era um agente duplo que operava para a repressão política e militar. Ela mostra a carta ao seu então companheiro. Ele nega e acusa de Maria do Carmo Brito. Infâmia. A tragédia já estava programada.
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