Bicentenário: da nação ou de dominação?
Os dois primeiros parágrafos
Bicentenário
Da nação ou de dominação?
Trecho do texto de
Odemar Leotti
O que seria paz quando temos como foco o estudo da nação brasileira? O que seria a guerra quando tratamos das relações de poder na construção da nação? O que a história nos reservou como marca para nos localizarmos no presente? A história nos procura localizar na vida como partícipes de um jogo? Ou anulando o jogo procura nos remeter a um futuro anulando a criação de todos e um só em sua fabricação?
Ou nos empurra anulando nosso lugar nesse jogo e nos remete para um lugar em que não mais existiremos como seres vivos? E nossa passagem finita e tão curta pela qual passamos pela vida? A quem pertence? A nós ou aos saberes que atravessam nossos corpos e os colocam a serviço de uma minoria que usufrui das ostentações enquanto a maioria sofre na miséria? Pois então nos colocamos nesse texto sobre o Brasil do século XIX e esse passado que nos chega e faz nos relacionarmos com a gente mesmo e como os outros.
Quando tocamos nesse tema de Guerra e Paz é para que possamos entender em que situações nossos ancestrais se encontraram e poder perguntar se eles tiveram paz ou foram alvos de uma guerra em seu teor explícito ou silencioso através do regime do saber/poder. Aí se pergunta. O que podemos entender pelos significados de guerra e de paz?
É isso que iremos tratar nesse texto para focalizarmos o objetivo da disciplina Brasil Império I e II, que nos dois semestres de 2021, trabalho com graduandos em História. Nesse contexto nos propomos a discutir com eles. Sobre como estão suas situações no presente. Para ir mais direto ao ponto podemos nos perguntar o seguinte: Como somos tratados pelos que dominam o discurso que lhes gera o saber tornado o poder político e econômico? Como foi possível esse domínio político e econômico?
O autor
Odemar Leotti possui graduação em Bacharelado e Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal de Mato Grosso [1993]. Assim como mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas [2001]. Além de doutorado em História pela Universidade Estadual Paulista – Campus de Assis [2013]. É professor da Universidade Federal de Mato Grosso. O docente tem experiência na área de História, com ênfase em História, com centralidade nos seguintes temas: Mato Grosso, soberania, ser-poder, ser-saber e indigenismo.