Fernando Casadei Salles
Opinião

Periferia, centro e luta armada

Observações da economia sob a ditadura

As ideias heterodoxas de Fernando Safatle

Fernando Casadei Salles

Fernando Safatle  pediu-me que lhe fizesse observações sobre o texto que tinha ideia de publicá-lo. Antes, no entanto, que lhe fizesse as observações pedidas ele por alguma razão plenamente justificada publicou o artigo. Mesmo não tendo entrado em considerações de mérito dei minha opinião favorável e, mais que isso, sugerindo-lhe uma dedicação mais aprofundada que pudesse levá-lo à escrita de um livro.

Fernando Safatle

Dito isso passei-lhe um pequeno estudo da arte sobre a concepção de luta política defendida por Carlos Marighella. Na verdade, esse material deveria incluir um quarto texto de autoria do Cavaleiro da Esperança, Luiz Carlos Prestes. Texto que acabei não mandando-o por mera dificuldade de tirá-lo da internet para repassá-lo via WhatsApp. Os textos que acabaram indo foram de três autorias: 1-Wladimir Safatle 2- Florestan Fernandes e 3- Emir Sader.

Carlos Marighella – Fragmentos

 

Apesar de ainda não ter feito uma leitura aprofundada do artigo tendo pela rapidíssima leitura que fiz é que nem a leitura dele dos economistas, nem a leitura dos economistas, tampouco a do próprio Marighella são todas análises urbanas focadas no desenvolvimento urbano- industrial. Nessa linha talvez lhe sugerisse olhar para uma das primeiras reformas feitas pela ditadura. Ainda dentro do ano de 1964, em dezembro, a dupla Roberto Campos e Bulhões levaram para Castelo Branco o projeto de reforma do campo, o Estatuto da Terra.

Roberto Campos

Através do qual o capitalismo brasileiro faria a modernização do seu setor mais atrasado. Cinquenta anos depois o sucesso do agronegócio atualmente prova de maneira irretocável a profundidade estratégica da medida tomada naquela época. Eu não tenho explicação para essa omissão na análise, até porque  todas as teorias polícias revolucionárias apontavam o campo como palco principal para as operações militares para a formação do exército revolucionário. Na China, Mao-Tsé-Tung tinha cercado as cidades pelo campo e quase o mesmo tinha ocorrido em Cuba, com a revolução vinda das montanhas. Não esquecer também da importância do campo para a Aliança para o Progresso fomentada pelos EUA.

Fidel Castro: Cuba

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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