78 anos de glórias
78 anos de glórias
O maior do Centro-Oeste
Vila Nova Futebol Clube
Renato Dias
O maior time de futebol do Centro-Oeste do Brasil, tricampeão brasileiro, 15 estaduais, duas divisões de acesso, três copas Goiás, campeão brasileiro e sul-americano de Basquete masculino adulto, campeão da Superliga Nacional C de vôlei masculino adulto, o Vila Nova Futebol Clube completa 78 anos de glórias nesta quinta-feira, 29 de julho de 2021. Goiânia amanhecerá alegre.
De uniforme vermelho e branco, fundado em 1943, no bairro operário da Vila Nova, à época periferia da Capital, que nascera em 1933, trata – se do primeiro tricampeão _ 1961, 1962, 1963 _e tetracampeão _ 1977, 1978, 1979, 1980 _ da Era Profissional. O 1º clube do Estado a disputar uma competição nacional, 1963. O primeiro a participar de um certame internacional, em 1999.
Com a maior e mais apaixonada torcida da região. O público pagante de Vila Nova X Londrina, no Estádio Serra Dourada, Templo do Futebol Goiano, de 45 mil pessoas, não é superado há exatos 12 anos. A agremiação disputou de 1977 a 1985 a Série A, a Divisão de Elite do futebol brasileiro. Tradicional clube da Série B, hoje. Como Cruzeiro, Vasco, Botafogo, Guarani, Avaí.
Proprietário do Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, com capacidade para em torno de 14 mil pessoas, possui um Centro de Treinamento moderno. Ônibus de viagem de última geração. Loja Oficial Nação Colorada. Já fabrica o próprio uniforme. Inaugurou um Bar e Restaurante de luxo: Resenha Colorada e irá inaugurar complexo de escolinhas para três mil alunos. Além do Museu.
O presidente do Vila Nova é Hugo Jorge Bravo. Vice, o deputado estadual Vinícius Cirqueira. O diretor de Comunicação, Romário Policarpo, atual presidente da Câmara Municipal. O presidente do Conselho Deliberativo é o empresário da área de transportes Décio Caetano. A torcedora- símbolo, Joelma Fernandes: Nega Brechó. Torcida organizada: Esquadrão, Velha Guarda, Antifa.
Saiba mais
Máquina de chegada e conquistas
Campeão Estadual em 1961, 1962 e 1963. Vice em 1965, 1966, 1967. Ele deu a volta olímpica no Goianão de 1969. Segundo lugar em 1970 e 1971. Campeão histórico em 1973, ganha o seletivo à Série A e o Goiano, em 1977. Mais: abocanha o Estadual em 1978, 1979, 1980. O troféu Ruy Brasil, 1979. Quadrangular Adjair de Lima, em 1980. O campeonato goiano do ano de 1982.
Campeão Estadual 1984 e de juniores, em 1985. Brilha na Copa São Paulo de 1988. É vice-estadual, 1989. Campeão em 1993, vice em 1994. Campeão, 1995. Brasileiro, 1996. Finalista da Série B e campeão da Taça Maguito Vilela, 1997. 1998: vice – estadual e da Copa Goiânia, bela campanha na B e obtém vaga à Centro-Oeste. 1999, vice estadual, da Centro-oeste e finalista da B.
Em 2000, o Vila Nova é campeão da segunda divisão, campeão estadual juniores e vice da Copa Centro-Oeste. No ano seguinte, campeão estadual e vice da copa Centro-Oeste. Em 2003, campeão juvenil, campeão Centro-Oeste sub-20. Já em 2004, vice-campeão estadual. 2005: campeão estadual e campeão de juniores. 2007: acesso para a Série B do futebol brasileiro.
No ano quente de 2008 fica em sexto lugar no Brasileirão da Série B. A sua melhor classificação no novo módulo. 2013, novo acesso. 2015: campeão brasileiro e campeão da divisão de Acesso. 2017, vice estadual. 2016, 2017 e 2018, boas campanhas na B. 2020: tricampeão brasileiro e semifinalista da Copa Verde. Campeão da Supercopa Sub-17 e do Estadual da FGF Sub – 17.
Em 2021, vice do Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Com a derrota somente nos pênaltis. Fora de casa. Vice-campeão estadual, também em decisão nas penalidades máximas. É campeão brasileiro universitário masculino e feminino. Campeão da Copa Brasília de futebol feminino. No Brasileiro da Série B de Basquete enfrentou clubes como o tradicional Botafogo do Rio de Janeiro
Exclusivo
Histórias impagáveis
Renato Dias
O adversário derrotava o Vila Nova por três a zero. Já no segundo tempo do clássico. Em 28 de março do ano de 1999. Anderson Barbosa fez um, dois. Cacá bateu escanteio. Do meio de campo, Leonardo Valença marcou o que nem Pelé, o Rei do Futebol, havia conseguido. Daí para virar a partida foi um pulo. Com Luizão e Luciano, o carrasco. 5 a 3. Já em 2021, o argentino, primo de Lionel Messi, Emanuel Bianccuchi marca, de chapa, um golaço, tira a camisa, é expulso e garante o acesso ao maior do Centro-Oeste. As memórias impagáveis de Hugo Jorge Bravo.
Ex – seleção brasileira, Botafogo RJ e Cruzeiro, Túlio Maravilha, centroavante de 1.000 gols, diz ao Portal de Notícias www.renatodias.online não se esquecer de 2007. Um clássico contra o Guarani, de Campinas. Apenas a vitória interessava ao Tigrão. Restavam somente três minutos para o fim do jogo. Aos 42 do segundo tempo. O matador arriscou de fora da área. Uma paulada. No canto direito do goleiro rival. Explosão. De alegrias. A festa é do time de vermelho e branco. Em um Serra Dourada lotado. Pela maior torcida do Estado. Um gol que entrou para a História.
O veloz e hábil atacante Télvio Furacão, irmão gêmeo de Túlio Maravilha, vestiu as camisas dos tradicionais Fluminense e Botafogo, os dois do Rio de Janeiro, ao lado de ‘São Ricardo Batata’ salvou o Vila Nova, em 1991. O Tigre da Vila Famosa decretou a vitória contra o Quirinópolis, no Estadual, aos 46 minutos do 2º tempo. Por dois a um. Histórico. Emocionante. Lágrimas. Agnaldo Pereira da Costa, irmão dos dois, também vestiu o manto sagrado. Com o precoce encerramento de sua carreira no futebol. Atleta de talento. Os craques da família do ‘senhor Mussula’
Prata da casa campeão de juniores em 1985, deu a volta olímpica no Estádio Serra Dourada tanto no campeonato goiano de 1993 quanto no Estadual de 1995, assim como no Brasileiro de 1996, o atacante pelos lados Rubinho é uma das pérolas reveladas no Onésio Brasileiro Alvarenga. O jogador teve passagens por Vasco da Gama-RJ e até pelo São Paulo. Empresário, o conselheiro Gilberto Silva detecta a imensa massa vermelha e diz ser indescritível analisar os seus 78 anos de História. Jardel Sebba, ex-presidente da Assembleia Legislativa, rende homenagem ao ex-governador do Estado José Eliton neste 29 de julho de 2021. Um apaixonado.
O atual diretor de Marketing do Vila Nova, Murilo Reis, relata que, aos seis anos de idade, chorou na decisão do Estadual de 1993. Maurício Reis, o seu pai, optou, em medida de precaução e segurança, não levá-lo à finalíssima. O garoto, magoado, acompanhou e vibrou com o gol do seu ídolo à época, o centroavante Bé. Mascote, cresceu nas arquibancadas e gramados do Serra Dourada e Onésio Brasileiro Alvarenga. O seu avô, Cleômenes Reis, doutor honoris causa da UFG, deu, em 1977, a arrancada para o Tetra e colocou o Tigrão na Série A do Nacional.
Ex-presidente do Detran, um tucano de alta plumagem, Guilherme Freitas Souza, hoje aos 65 anos de idade, arquiteto e urbanista, um especialista em Planejamento Urbano, neto do primeiro prefeito de Goiânia, Venerando de Freitas Borges, desde 1969 recita o mantra vermelho e branco. Do Vila Nova Futebol Clube. O craque do Goianão daquele ano mágico para o colorado era o camisa 9 Guilherme. Matador! O eterno ídolo recupera – se, em 29 de julho de 2021, das complicações de saúde do Coronavírus Covid 19. A Pandemia que atingiu o Brasil.
O Vila Nova Futebol Clube é uma instituição, quase uma religião, de origem humilde, resume o publicitário, radialista, apresentador de Tv e editor de site, Luiz Gama. Um dos apaixonados pelo time da Vila Famosa desde o ano que não terminou, como define – o Zuenir Ventura, 1968. Glórias e conquistas virão no presente e no futuro, garante um dos ícones da imprensa esportiva do Centro-Oeste e do Brasil. Salve, salve o Tigrão, dispara o narrador mais vibrante do País.
Diretor de Esportes Olímpicos, Willian Mendes não se esquece do bicampeonato de 1978, a festa promovida pela Nação Colorada tanto na Vila Nova quanto no Setor Universitário e no Leste Universitário, com quatro barulhentas bandas que animavam a noite. O clube está, hoje, em ascensão, com a sua modernização administrativa, a recuperação financeira, patrimonial e com diversificação de modalidades esportivas, registra o professor, animado com os resultados.
Joelma Fernandes, a torcedora-símbolo Nega Brechó, lembra que partiu, em uma quinta-feira do ano de 1996, para Caruaru, em Pernambuco. O ônibus quebrou no caminho, relata. Para melhorar o astral, ela pegou carona com um desconhecido de bicicleta até o bar mais próximo. Baixinho, o homem sumiu ao escutar que o suposto marido da vilanovense estava no ônibus que viria buscá-la. O Vila Nova conquistou o Campeonato Brasileiro de forma invicta, narra Nega Brechó, emocionada com o aniversário de 78 anos do maior do Centro-Oeste do Brasil.
Mago das salas de aulas, Fernando Casadei Salles, graduado, mestre e doutor em Educação, do Estado de São Paulo, um ex – guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional, e do Movimento de Libertação Popular, Molipo, diz que o Vila Nova é como o bicampeão mundial: Corinthians. Com o DNA popular, analisa. Um time de futebol que não precisa de vitórias e títulos para despertar a maior paixão do Centro-Oeste do Brasil, sublinha. Como o Todo Poderoso Timão, não se explica, se ama, chuta de primeira o craque da revolução que ainda virá na pátria em chuteiras.