Adeus a Renê Louís de Carvalho
Obituário
Adeus a Renê Louís de Carvalho
História
Renato Dias
Filho de dois revolucionários internacionalistas, Apolônio de Carvalho e de Rennée Laugery de Carvalho, Renê Louís de Carvalho morreu, neste domingo, 30 de maio de 2021, no Rio de Janeiro, por complicações do Coronavírus Covid 19. Triste. Pranto. Lágrimas.

Preso e torturado sob a ditadura civil e militar no Brasil, ele cumpriu parte da pena de sua condenação ilegal no Regimento Sampaio, de Infantaria, do Exército Brasileiro, EB, e saiu para o exílio. Data: em 16 de janeiro do ano trágico de 1971. Tempos sombrios aqueles.

Com a captura do embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrich Bucher pela esquerda em armas. Setenta presos políticos foram trocados pela soltura do diplomata. Um avião aterrissou no Chile. De Salvador Allende. Um golpe o derrubaria em 11 de setembro de 1973

Não custa lembrar. O velho Apolônio de Carvalho lutou na Guerra Civil Espanhola. A última batalha das utopias. De 1936 a 1939. Logo seguida, ele ingressou na Resistência Francesa. Registro: contra o nazifascismo. Na França, ele conhece Rennée Laugery e se casa.

Fundador do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, o PCBR, com Mário Alves e Jacob Gorender, faz opção pela luta armada. Após o golpe de Estado civil e militar de 1964. Com a Anistia, é um dos criadores do PT. Como Mário Pedrosa e Sérgio Buarque de Hollanda.
Graduado, mestre e doutor em Economia, Renê Louís de Carvalho exerceu a função de professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A UFRJ. É mais uma vida ceifada pela Pandemia do Coronavírus Covid 19. Sob o negacionismo de Jair Messias Bolsonaro, presidente da República.
