Eva Wilma
Política

Brasil chora morte de Eva Wilma

Leopoldo Paulino e Eva Wilma, em 1982

Brasil chora morte de Eva Wilma

Lágrimas caindo

Brasil perde uma aguerrida militante da causa democrática

Leopoldo Paulino

De Ribeirão Preto

Durante a campanha de 1982 para vereador em Ribeirão Preto eu tive a grata satisfação de contar com o apoio de Eva Wilma e Carlos Zara. Ricardo Zaratini, antigo militante comunista e meu amigo, então no MR-8 como eu, telefonou avisando que seu irmão, Carlos Zara e sua cunhada Eva Wilma estariam em Ribeirão Preto em turnê teatral.

Ditadura civil e militar - cinema político 1
Ditadura civil e militar

A pedido de Ricardo Zaratini eles se engajaram na minha campanha. Eva tinha um magnetismo especial. Uma incansável defensora da nossa causa. A sua participação na luta contra a ditadura militar no Brasil, pelo fim da censura e pela Anistia a todos presos e perseguidos políticos foi crucial para o movimento.

Anistia, em 1979

No meu comício em 1982, Eva Wilma falou com paixão e firmeza e sua presença inundava o ar com ânimo e força para seguirmos na luta.  Durante um sábado inteiro, Eva e Carlos Zara estiveram comigo em campanha. Eva Wilma era protagonista de uma novela no horário nobre na época e sua fama e carisma atraía muitos fãs, que lhe pediam autógrafo.

Eva Wilma

 A todos ela atendia com simpatia, justificando a importância de seguir a luta pela democracia e porque ela me dava o apoio naquela campanha.

Ainda me emociono quando me recordo da honra que tive: Eva Wilma dando seu autógrafo nos meus santinhos de campanha.

_ Eva Wilma, para sempre presente!

 

 

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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