Primaveras coloridas de Martha
Adepta das ideias de Sigmund Freud, leitora de Melanie Klein e pesquisadora da produção teórica de Donald Woods Winnicott
‘Brasil é
testemunha
do mal – estar
da civilização
Martha Dias
Renato Dias
Mulher além do seu tempo, adepta das ideias de Sigmund Freud, a psicóloga Martha Dias atravessa, hoje, em alto astral, com um estilo peculiar, mais uma primavera. A passagem dos minutos, horas, dias, anos e décadas permite a apreensão do multifacetado sentido da vida, aponta.
Cult, chic, elegante, ela reflete como Glauber Rocha, avalia que o Brasil está em transe, e enfrenta o luto permanente. Não apenas com as 400 mil mortes. “É que a Pandemia do Coronavírus Covid 19 sepulta o direito de ir e vir, destrói a liberdade e ameaça as possibilidades de afetos”.
Um mix explosivo de pilhas de cadáveres, com crises simultâneas sanitária, de saúde pública, econômica e de corrosão da vida política, com ameaças à frágil democracia e investidas pelas Forças Armadas contra o poder político civil, ela alerta para o risco de uma intervenção fardada.
Amanhã será outro dia
Martha Dias é uma mulher. Sem crise de identidade. Nem com o feminismo muito menos com ideias de esquerda. Apesar de você amanhã será outro dia, faz trocadilhos para embalar e ditar o ritmo de 2 de maio e prever a saída do falso Messias, homem da necropolítica, Jair Bolsonaro.