Caetano, Gil, Glauber e Macalé, em Londres
Exílios
Caetano, Gil, Glauber
e Macalé, em Londres
Em depoimento de seis horas, agentes da repressão exigiam adesão de baiano como Wilson Simonal e Dom e Ravel, assim como a produção de música para louvar a Transamazônica
Renato Dias
Prisão e exílios de Caetano Veloso e de Gilberto Gil, em Londres, Inglaterra. O velho mundo. A recusa de permanecer em Portugal. Com Marcelo Caetano. De linhagem salazarista. Nada de Paris. Apesar do encanto de Violeta Arraes. Irmã de Miguel Arraes. Encontros com Jards Macalé, Jorge Mautner e o cineasta Glauber Rocha. Ângulos diferentes sob a ditadura civil e militar no Brasil. Pós – 1964. É a história contada no documentário de Geneton de Moraes Neto.
_ Canções do exílio _ A labareda que lambeu tudo.
Depressivo, com sinais de pertencimento, Cae queria retornar à ‘Pátria em Chuteiras’. Gilberto Gil revela que optou por torcer para a seleção canarinho na Copa do Mundo de 1970, realizada no México. Após a vitória por um a zero contra a Inglaterra, pichações _ Rivelino revelation. O ideólogo do do – in antropológico revela que cantou para uma tropa da caserna quando estava preso. Na cela de uma cadeia. De 1968 a 1969. A solução negociada: era mesmo sair do País.
_ Os cabelos longos meus e de Caetano Veloso foram cortados. Para nos humilhar.
Cálice
Glauber Rocha, com a terra em transe, imaginava que os militares no Brasil poderiam promover uma inflexão à esquerda, como no Peru, de Velásquez Alvarado, e retirar a nação da rota do subdesenvolvimento. Caetano, que não nutria simpatia pelos fardados, denuncia que a repressão prometera matar Geraldo Vandré. Não o matou. Jards Macalé, em viagem de ácido lisérgico, recorda – se que teve uma súbita paixão por Branca de Neve. O exílio acaba em 1972.
_ Caetano Veloso faz shows pelo Brasil. Gilberto Gil e Chico Buarque produzem Cálice.