Onda agora é Urubu
Uma vez Flamengo
Onda agora é Urubu
Febre nacional, rubro-negro enfrenta o River Plate, da Argentina, lidera com 10 pontos de frente o Brasileirão de 2019 e já ganhou o Carioca
É possível, sim, compará-lo com os tempos áureos de Zico, Andrade, Júnior e Companhia Ltda., analisa Gustavo Almeida. Gustavo Sebba concorda
Renato Dias
Primeiro, 1, 2, 3, 4, 5 e 6 contra o Goiás. Depois, 1, 2 3, 4, 5. O Grêmio de Porto Alegre era o adversário. Uma chuva de gols. Com intensidade. O rubro-negro mais amado e odiado do Brasil já parece ter encontrado o seu Jesus para objeto de veneração. O Jorge, de Portugal. O treinador, Rei no Rio Grande do Sul, Renato Gaúcho, abaixou a bola. O Palmeiras contratou Mano Menezes. Faltam rodadas & rodadas para o término do Brasileiro. O time do Rio de Janeiro lidera a Série A, disputa a Final da Copa Libertadores da América e pode chegar até à finalíssima do Mundial de Clubes. Um jejum de 38 anos. Com um futebol moleque, agudo, agressivo, para frente, elegante. Com craques que fazem inveja a qualquer clube da Europa. Bruno Henrique, Gabigol, Diego, Everton Ribeiro: estrelas de uma locomotiva… Que não para.
– Futebol de alta voltagem, equilibrado na defesa, meio de campo e ataque e elevado nível técnico do elenco. Com um desenho tático, ensaios, linhas de marcação e passes definidos.
É o que qualifica Gustavo Almeida, professor de Educação Física graduado na Esefego, especialista em Treinamento Desportivo, Instrutor Físico de Arbitragem da Federação Goiana de Futebol, a FGF, da Confederação Brasileira de Futebol, CBF, consultor de Fisiologia Esportiva e sócio – proprietário da Seleção Academia de Futebol. Com passagens por Vila Nova, Goiás, Aparecidense, Goianésia. A proposta de jogo do Flamengo é ofensiva, observa. Velocidade, posse de bola produtiva, múltiplas variações de jogadas, para dificultar a marcação adversária, pontua. A intensidade e o número de gols são resultado do projeto ofensivo do primeiro ao último minuto dos acréscimos nas partidas, explica. Excelência também nas bolas paradas, diz. “Goleiro nota 10, zagueiros eficientes, meio de campo criativo e ataque veloz com força física”.
– Um futebol com dribles, criatividade, velocidade e gols em uma estrutura tática como a dos clubes de ponta da Europa. Com semelhança à Era Zico. O Fla ganha a Série A.
Médico, deputado estadual e analista de futebol, como qualquer latino-americano e brasileiro, Gustavo Sebba vê ascensão e excelência com as contratações de Gerson, Filipe Luís e Rafinha. A chegada de Jorge Jesus na Gávea teria sido o ponto de inflexão, dispara. O Clube de Regatas Flamengo, com seu esquema tático explosivo, em 2019, aparece para quebrar o estilo fundado em retrancas, relata o parlamentar. Hegemônico até então nas Terras Brazilis. O País Tropical. É o futebol brasileiro com a cara de futebol brasileiro, resume. O DNA é do futebol verde e amarelo, sublinha. O rubro-negro é favorito para conquistar o título de Campeão Brasileiro, crê. É controlar a vantagem, registra. A diferença é de 10 pontos para o segundo colocado na tabela, destaca. Até o fechamento desta edição, sexta-feira, 25 de outubro de 2019, às 19h12. É possível, sim, comparar com os tempos áureos de Zico, Júnior e Companhia Ltda., ele analisa.
Mengão campeão?
Arione José de Paula aponta que o Flamengo joga com dois alas ofensivos; além de zagueiros que atuam com solidez atrás, no meio e sobem; um meio de campo de qualidade e pegada; um ataque extremamente ofensivo. O ex-presidente do Goiânia Esporte Clube, hoje na Série A, a elite do Campeonato Goiano de Futebol Profissional, afirma que o Fla opta, hoje, pela intensidade. Como o futebol europeu, destaca. O que é isso? Um time com um de toque de bola refinado, assim como apresenta condicionamento físico de excelência e alta velocidade, chuta de primeira o dirigente do charmoso e simpático Galo Carijó, nascido em 1938, com 14 estaduais e duas divisões de acesso. O futebol é um esporte de alto risco, mas é pouco provável que deixe escapar de suas mãos o título da Série A de 2019, frisa. A final da Libertadores com o River Plate será uma partida dura, diz. “Apesar disso, o Mengão pode sair campeão”, arremata.
– Soberano, um líder isolado, nenhum acidente dentro de campo parece ter o poder de lhe retirar o título de campeão do Brasileirão de 2019.
É o que afirma o empresário, hoje radicado nos Estados Unidos, Rogério Oliveira Diniz. O time do Fla tem um futebol veloz e objetividade com a bola nos pés ou no instante que a recupera, bate de chapa. O rubro-negro adaptou o estilo europeu com a beleza plástica do futebol brasileiro, define-o. A final e o título da Copa Libertadores da América, a ser disputada em novembro, partida única, em Santiago, Chile, estão em aberto, atira. Os deuses do futebol irão conspirar para o Clube de Regatas Flamengo, clama por bênçãos celestes o ex – craque que optou por não seguir a carreira de futebol profissional. O estilo de Rogério Oliveira Diniz lembrava o do ‘Rei de Roma’, o elegante Falcão, ex – Internacional de Porto Alegre e estrela da seleção brasileira que sucumbiu à ‘tragédia de Sarriá’, em 1982, eliminada pelo futebol burocrático da Itália. Por 3 a 2. O Brasil chorou. O dia mais triste do futebol verde e amarelo. Trágico. Cruel.
– Jorge Jesus, o Mister, importou e adotou a sua a filosofia como a do futebol europeu.
O sucesso da Gávea em 2019 deve ser atribuído ao treinador português do clube, avalia, com exclusividade, o jornalista, historiador, especialista em Geopolítica e um amante do futebol mundial Frederico Vitor de Oliveira, radicado, hoje, em Iporá. Em reduzido tempo, o clube virou uma máquina de moer adversários, metralha. Com a defesa bem posicionada, ele analisa. Um meio de campo que desarma, define e alimenta, diz. Um ataque mortal, fuzila. Um ‘mix’ de velocidade, talento, eficiência em bolas altas e potência física e de bola de Bruno Henrique e Gabigol, afirma o periodista. Gabigol foi artilheiro isolado do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro de 2018, é do de 2019 e até da Copa Libertadores da América, cuja final ocorrerá, em Santiago, no Chile, no mês de novembro, resume. Um futebol inteligente, contemporâneo da modernidade, como traduziu a goleada sobre o Grêmio por 5 X 0, alfineta.
1981 e 2019
Nada de descansar, intensidade, com um banco de reservas de alto nível técnico, cheio de promessas, avalia o ex – presidente da Assembleia Legislativa, governador de Goiás interino por duas oportunidades, ex – prefeito de Catalão, ex- secretário de Estado, líder do PSDB no Estado, médico e produtor rural Jardel Sebba. Se a diretoria do clube mantiver o técnico Jorge Jesus, conseguir adquirir os direitos de Gabigol, o Brasil adversário, parte pequena do País de dimensões continentais, terá que aturar os rubro-negros por anos & anos. É o melhor futebol do Brasil, crê. É o favorito para o Brasileiro, diz. O River Plate é uma pedreira, define-o. O Flamengo possui um elenco competitivo para a América do Sul, fuzila. O time de 2019 lembra 1981, com Raul, Júnior, Andrade, Tita, Zico, dispara. O ‘chocolate’ no Grêmio é para abaixar a bola do técnico Renato Gaúcho, ironiza. Se der certo a Libertadores, partir ao Mundial, frisa.
– Jorge Jesus, o Mister, é melhor do que o Tite. É a opção para a Seleção Brasileira. [É o que frisa Jardel Sebba]
Jornalista, graduado em Direito e atleta nas horas vagas, ícone da BandNews, ex – O Popular, Marcos Cipriano, talento raro no jornalismo brasileiro, diz que o segredo do Flamengo é a modernidade e atualização contemporânea de Jorge Jesus. “Anos luz dos treinadores do futebol brasileiro, que pararam no tempo.” O volume de jogo, com intensidade, explica o alto número de goleadas, pontua. Evandro Sousa, empresário de São Paulo que mora em Goiânia, afirma que a transição da defesa do Fla para o ataque é veloz, com um meio de campo com qualidade técnica, como Everton Ribeiro e Arrascaeta, explica. Trocas de passes com eficiência, tolerância zero com os erros, profundidade nas jogadas, chuta o atleta de fim de semana: artilheiro trombador. O Flamengo já é campeão brasileiro, antecipa. A Libertadores é somente um jogo, em campo neutro, com adversário bem treinado, frisa. Não dá para comparar 1981 e 2019, crê
– O futebol que o Clube de Regatas Flamengo apresenta, hoje, em 2019, é o que existe melhor e mais moderno do mundo.
A avaliação é do narrador, comentarista, graduado em marketing, apresentador de TV Luiz Gama, editor do www.canalgama.com.br . Com forte influência na internet e nas redes sociais, Twitter, Instagram, Facebook e WhatsApp. Com valores individuais e um planejamento estratégico de um treinador de ponta do futebol globalizado, Jorge Jesus, sublinha. Um compromisso tático dos 11 jogadores em movimentação no campo, ele sentencia. O time joga com as duas linhas próximas tanto quanto ataca como quando defende, expõe. É o clube mais bem treinado da América, observa. É possível compará-lo com o Carrossel Holandês, histórico, de 1974, qualifica-o. O Fla é objetivo, parte para cima do adversário e Jorge Jesus exige ao máximo dos seus jogadores, narra. Não há quase nenhuma relação com a Era Zico, acredita. Futebol não é ciência exata e riscos existem, mas se der River Plate na final será zebra, fuzila.
– O Flamengo joga em linhas compactas. Com a bola no chão. Ele transiciona a bola. De um lado a outro: inverte as jogadas. A linha de zaga adota o estilo europeu. Uma defesa sólida.
Rei da China
Jogador profissional, com passagens por Atlético Mineiro, Goiás e quase uma década como o ‘Rei da China’, zagueiro de alta qualidade e suprema excelência com a bola nos pés, peito e na cabeça, o mineiro Eleilson Moura, 34 anos, descreve as qualidades acima como os pontos que evidenciam a supremacia do Clube de Regatas Flamengo no Carioca, Brasileirão e Libertadores do ano de 2019. Um meio de campo versátil, resume. Com Willian Aarão, Everton Riberto e Gerson, jogador que carrega o piano, entre a defesa e o ataque, registra. Um ataque com Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol, escala. Em excelente fase técnica, física e tática, destaca. Arrascaeta é clássico, conta. Bruno Henrique, veloz e cabeceio certeiro, explica. Gabigol, matador, diz. Além do mérito Jorge Jesus, o técnico, frisa. Antes, o time tropeçava, critica. Agora, o clube rubro-negro encaixou, se arrumou, relata. De forma sólida, classifica.