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Artesanal ou automatizada? A arte do design das joias

Artesanal ou automatizada?

A arte do design das joias

Maria  Eugênia

O conceito é esboçado à mão, depois segue a modelagem 3D, a prototipagem, fundição, com ouro, prata e diamante encontrados na natureza, relata Maria Eugênia, a designer de joias

Renato Dias

Artesanal ou automatizado. É assim o processo de produção de uma joia. A produção artesanal é utilizada para peças exclusivas. Automatização é usada em série, em larga escala. A modelagem é a mesma. Tridimensional. O que seria determinante para atingir maior produtividade, precisão, desempenho & acabamento. É o que revela, com exclusividade, Maria Eugênia. A designer de joias mais conceituada, hoje, no mercado de Goiânia. Capital do Estado.

A arte do design de joia

– O desenvolvimento inicia-se no conceito, esboçado à mão.

A artista informa que a segunda etapa é a modelagem 3D. Da joia em plataformas específicas, explica, de forma didática. A prototipagem já consiste no protótipo do item desenvolvido, pontua. Existe ainda a adoção da técnica de produção à fundição por cera perdida, sublinha. É definida também como microfusão, registra. Trata-se de uma operação milenar, observa.  É u­sa­da na joalheria para produção de joias em série, destaca ela, ao revisitar a História Ocidental

Imagens do processo de construção

– O processo começa com o protótipo. Um molde de borracha. O que irá gerar cópias.

Maria Eugenia afirma que dessas cópias são feitas uma espécie de árvore em uma haste de cera. Ela é colocada dentro de um cilindro, resume. É preenchido com um gesso especial que quando seco e aquecido derrete a cera e ficam os moldes em cavidades. O cilindro aquecido e incandescente recebe uma porção de metal líquido, prata ou ouro, despejado em seu interior, frisa. Quente, o gesso se dissolve na água e a sobra o metal fundido fiel ao modelo da árvore de cera que deu início ao processo. Depois, a parte final. O acabamento, polimento e ajustes.

– Existem peças que são carros chefes, adquiridas já prontas em feiras e joias que são idealizadas, desenhadas e produzidas.

Mundo das ideias

A designer de joias relata que as ideias surgem da natureza. Mais: das demandas e necessidades do mercado, alinhada às tendências em voga, conceitua. A análise biônica é um processo empregado na concepção de um novo design, analisa. Um levantamento e avaliação de determinado elemento da natureza é produzido, assim como o estabelecimento com o design, além de testes com formas, cores e novas texturas, avalia Maria Eugênia, especialista.

– Pedras sintéticas como zircônias [produzidas em todas as cores e formatos] são desenvolvidas em laboratório. Elas são adquiridas prontas em larga escala.

As pedras naturais são compradas já lapidadas em feiras específicas do ramo ou terceirizamos a lapidação de determinada gema para profissionais denominados lapidários, diz. A lapidação pode ser manual ou com máquinas que garantem precisão de ângulos, insiste. As gemas [pedras] são cravejadas nos metais ouro ou prata e que ocorrem em dois processos. Manual com a lupa, um buril ou dependendo do projeto, cravejadas na cera, aponta Maria Eugênia.

– É o processo que é a fundição por cera perdida. Na modelagem 3D já se desenha inclusive as gemas. Para a garantia de uma melhor precisão e acabamento no processo.

Ícone da cultura ociental

A designer de joias narra que existe, hoje, um robusto mercado consumidor no Estado de Goiás e, em Goiânia. A previsão é de crescimento, acredita. Um nicho do mercado de luxo, projeta. Uma de suas inspirações, confidencia, é Maria Antonieta,  a A produção de uma joia passa por múltiplos processos.arquiduquesa da Áustria e rainha da França entre os anos de 1774 e 1792, decapitada em 16 de agosto de 1793, sob o processo de radicalização da Revolução Francesa, burguesa, processada pelos Jacobinos, conta

Maria Antônieta

– Um ícone da moda para cultura ocidental. Com indumentária extravagante e gostos expansivos. Ela ostentou as mais belas joias já produzidas no continente europeu.

Renato Dias

Renato Dias, 56 anos, é graduado em Jornalismo, formado em Ciências Sociais, com pós-graduação em Políticas Públicas, mestre em Direito e Relações Internacionais, ex-aluno extraordinário do Doutorado em Psicologia Social, estudante do Curso de Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos do Estado de Goiás, ministrado pelo médico psiquiatra e psicanalista Daniel Emídio de Souza. É autor de 22 livros-reportagem, oito documentários, ganhou 25 prêmios e é torcedor apaixonado do maior do Centro-Oeste, o Vila Nova Futebol Clube. Casado com Meirilane Dias, é pai de Juliana Dias, jornalista; Daniel Dias, economista; e Maria Rosa Dias, estudante antifascista, socialista e trotskista. Com três pets: Porquinho [Bull Dog Francês], Dalila [Basset Hound] e Geleia [Basset Hound]. Além do eterno gato Tutuquinho, que virou estrela.

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