PC do B fecha Federação
Comunistas querem eleição de Lula
2022
Sessão especial de 100 anos
Renato Dias
O PC do B fará Federação Nacional com PT e PV, quer atrair Psol e PSB, para eleger o ex – operário metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto em outubro de 2022. É o que informa Isaura Lemos, a presidente da sigla em Goiás, com exclusividade ao Portal de Notícias www.renatodias.online
Centro da tática é a eleição de Lula
Isaura Lemos
O centro da tática, em 2022, é derrotar o atual presidente da República, que disputa a reeleição, Jair Bolsonaro, diz. Para revogar o Teto de Gastos, as reformas Trabalhista e Previdenciária e restaurar a democracia no Brasil, explica a ex-deputada estadual por cinco mandatos consecutivos.
A ordem ampliar palanque em Goiás
Isaura Lemos
A Frente de Esquerda quer ampliar o palanque, no Estado, a Luiz Inácio Lula da Silva, relata. Wolmir Amado é o nome apresentado ao Governo do Estado, narra. O PC do B indicará um nome à chapa majoritária, frisa. A coalizão quer eleger quatro deputados federais e oito estaduais. Nomes com densidade eleitoral.
100 anos em 25 de março de 2022
Isaura Lemos
A legenda da foice e do meu realizará uma sessão especial histórica no dia 4 de abril de 2022, às 19h30, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, sede nova, em Goiânia, Palácio Maguito Vilela. Para os 100 anos do PC do B. Com uma série de comunistas homenageados, atira Isaura Lemos.
A História do PC do B
Getúlio Vargas e Filinto Muller operam violenta repressão. Com violações dos direitos humanos. Nunca investigadas. Luiz Carlos Prestes é preso e permanece de 1936 a 1945 atrás das grades. Olga Benario, a sua mulher, alemã, é deportada grávida de Anitta Leocádia, para as terras de Adolf Hitler, que ascendera ao poder em 1933. Com o Nacional-Socialismo. O Nazismo. O Estado Novo é instalado em 10 de novembro de 1937. Uma ditadura escancarada que dura até o ano de 1945. Getúlio Vargas é deposto, o PCB é legalizado e elege 14 federais e um senador.
O PCB, dois anos depois, é colocado na clandestinidade. Uma ruptura ocorre em 17 de fevereiro do ano de 1962. João Amazonas, Ângelo Arroyo, Pedro Pomar, Diógenes Arruda, João Batista Drummond retomam o nome original da sigla da foice e do martelo, Partido Comunista do Brasil. Com a estratégia à esquerda. Em novembro de 1964, expropria armas e munições do Tiro de Guerra do Exército Brasileiro, em Anápolis, Estado de Goiás. Militantes são enviados para treinamento político, teórico e de guerrilha na China, na Ásia. A partir do ano de 1966.
A ideia executada é montar as bases da guerrilha na Região do Araguaia. Para cercar a cidade pelo campo. Teoria formulada por Mao-Tsé-tung. Área localizada no Norte do Estado de Goiás, atual Tocantins, Pará e Maranhão. De 1966 a 1972. O trabalho é interrompido. Quedas levam as Forças Armadas [Exército, Marinha, Aeronáutica, Dops, PM, PCs, PF, SNI] ao local. Três operações. Documento confidencial enviado a Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA sob Richard Nixon, por Willian Egan Colby, diz que Ernesto Geisel autorizara as execuções.
Depois de liquidada a guerrilha do Araguaia, os corpos dos guerrilheiros foram queimados na Serra das Andorinhas. O último golpe é a infiltração de um cachorro, Jover Telles, na reunião do Comitê Central do PC do B, em 16 de dezembro de 1976, realizada no Bairro da Lapa, São Paulo, capital. Ângelo Arroyo, Pedro Pomar e João Batista Drummond são executados. A sangue frio. Aldo Arantes, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, em 1961, durante a Cadeia da Legalidade, e Elza Monnerat, revolucionária, são presos e torturados. Crimes imprescritíveis.
O PC do B, que havia incorporado a AP, apesar da dissidência e resistência da AP – ML [Ação Popular Marxista Leninista] e o PCB são legalizados sob a Nova República. Os comunistas integram a Frente Brasil Popular [PT, PSB e PC do B], em 1989, e chegam ao segundo turno com o ex-operário metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de mais duas derrotas, 1994 e 1998, sobem a rampa do Palácio do Planalto e permanecem de 2003 a 2016 no poder, em Brasília. Um golpe de Estado líquido, pós-moderno, depõe Dilma Rousseff. A luta continua em 2022.